Considerado homem de confiança do ex-governador e senador Blairo Maggi (PR), além de ser um dos raros interlocutores do agronegócio, o primeiro secretário da Assembleia Legislativa, Mauro Savi (PR), tem consultado parlamentares e prefeitos sobre a sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB) em Mato Grosso. “Quando se pergunta sobre a volta de Blairo, existe praticamente uma unanimidade em nosso grupo: todos dizem sim”, ponderou ele.

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Na surdina, o presidente do Partido Progressista, deputado estadual Ezequiel Ângelo Fonseca, também tem consultado prefeitos e vereadores sobre a eventual volta de Maggi. “Ainda é uma hipótese remota, mas, sem dúvida, contagia a nossa militância”, pontuou Fonseca.

Maggi é visto por Savi e Ezequiel como esteio da reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT), no Centro-Oeste, já que seria a principal liderança apoiando-a na região, segundo análise de ambos para a reportagem do Olhar Direto.

Antes da conversa de Maggi com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante viagem a Cuba, Savi chegou a defender que houvesse o compromisso formal de todos os partidos da base aliada de marcharem unidos na eventualidade de um segundo turno. No primeiro turno, cada um lançaria seu candidato a governador.

A proposta antiga de Mauro Savi chegou a agradar alguns e previa que, em caso de segundo turno, para o cargo de governador do Estado, o que nunca aconteceu em Mato Grosso, todos ficariam juntos. Até hoje só se registrou segundo turno na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, em 2004, 2008 e 2012.

“Se a unidade for atingida com todos os partidos do arco de alianças nacional e local, ótimo. Vamos para a disputa, trabalhar e demonstrar o que fizemos e o que poderemos fazer daqui por diante com o apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff”, argumentou o primeiro secretário da Assembleia.
“Agora se não for possível, então defendo que cada partido ou grupo lance seu nome com o compromisso de levar as eleições para o segundo turno e chegarmos unidos”, ressaltou o parlamentar do PR.

Um dos principais líderes do agronegócio, Savi cobrou parceria dos partidos e candidatos, lembrando que todas as chances são favoráveis ao grupo político governista que é forte e consolidado mas precisa avançar na concepção e definição não apenas de nomes, mas da defesa de todos os avanços conquistados por Mato Grosso nos últimos anos.

“Falar que vai se resolver todos os problemas é impossível, mas temos como demonstrar os avanços conquistados nos governos Lula e Dilma no Brasil e de Blairo Maggi e Silval Barbosa em Mato Grosso”, explicou Mauro Savi.


No grupo governista, formado por PMDB, PT, PR, PSD, PP, PC do B, Pros, PSC e PRB, segugunto apurou a reportagem do Olhar Direto, Blairo Maggi é quase unanimidade.

Mauro Savi reiterou as palavras de Blairo Maggi de que os partidos aliados tem bons nomes para a disputa, como no caso do PR: o suplente de senador José Aparecido Cidinho Santos e o ex-prefeito Maurício Tonhá, o ‘Mauríção da Água Boa’.
No PT, também despontam dois nomes: o ex-vereador Lúdio Cabral, que tem demonstrado desprendimento e capacidade, e o juiz federal Julier Sebastião da Silva.

E, como carro-chefe do atual comando do Palácio Paiaguás, aparece o vice-governador Chico Daltro, presidente estadul do PSD. Se Maggi ficar fora da disputa, Daltro é o nome mais experimentado em política eleitoral, no grupo governista. (Colaborou Jardel Arruda).