Porta-voz das negociações do grupo “Mato Grosso Muito Mais” em Cuiabá, o prefeito Mauro Mendes (PSB) afirmou que o Partido da República se interessou em abrir diálogo para apoiar a candidatura de Pedro Taques (PDT) porque “do outro lado”, a base governista, principalmente o PT, “nem projeto tem”. A afirmação foi feita na tarde desta quarta-feira (12), logo após uma reunião com a bancada estadual do PR, na qual discutiram tanto a aliança majoritária, quanto a proporcional.
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“Ficou claro que o PR ficou interessado em nosso projeto. Até porque, no outro campo nem projeto tem”, ironizou Mauro. O comentário, acompanhado de uma risada sarcástica, fez alusão a divisão da situação entre quem seria o candidato do grupo, principalmente devido ao fato de o PT ainda não ter batido o martelo de quem é o verdadeiro pré-candidato da sigla, o juiz federal Julier Sebastião ou o ex-vereador Lúdio Cabral (PT).
Para Mendes, está claro a existência de uma fragilidade no outro grupo, que em tese apoiaria o candidato do PT para a sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB), conforme acordo firmado às vésperas das eleições de 2010. Enquanto parte dos governistas e algumas lideranças preferem o ex-vereador Lúdio Cabral, cujo capital político cresceu após ter sido candidato a prefeito de Cuiabá, o diretório estadual supostamente prefere apostar na filiação de Julier Sebastião para a disputa do cargo.
Os pedidos do PR
O prefeito Mauro Mendes afirmou que as exigências do Partido da República para estreitar os diálogos sobre um apoio a candidatura do senador Pedro Taques ao governo do estado é a garantia de uma coligação na chapa proporcional e o direito de indicar o deputado federal Wellington Fagundes, presidente regional do PR, como candidato ao Senado.
“O PR sabe da importância que tem, tem clareza do momento político de Mato Grosso e da força sua força como partido”, contou Mendes. Sem comentar qual pedido seria o mais difícil de atender,o prefeito, que também é presidente regional do PSB, no entanto, salientou que talvez nem tudo possa ser atendido.
Nesse sentido, o maior empecilho para a aproximação seria a coligação proporcional. O PR possui a maior bancada da Assembleia Legislativa, sendo todos os deputados lideranças de relevância, os chamados “pesos-pesados da política”, o que pode minar a possibilidade de um partido pequeno eleger um deputado devido à elevação do coeficiente. Enquanto isso, os republicanos anseiam pela aliança proporcional para tentar garantir votos suficientes para reeleger todos os seus parlamentares.
