O governador Silval Barbosa (PMDB) anunciou oficialmente, em coletiva à imprensa, na tarde desta sexta-feira (14/03), de que continua no cargo até o fim do mandato, em dezembro de 2014, abdicando da possibilidade de ser candidato nas eleições de outubro. A informação já havia sido adianta pelo Olhar Direto na terça-feira (11), e antecipada na manhã de hoje por fontes do Palácio Paiaguás.

Para tomar a decisão, o governador contou ter consultado a cúpula nacional do PMDB, a Executiva Estadual, seus secretários de Estado e os partidos da base governista. Segundo ele, pesou o fato de alguns dos financiamentos para as obras da Copa do Mundo e do programa Mato Grosso Integrado terem tido a liberação atrasada. Silval Barbosa também esclareceu que não se mantém no cargo por falta de confiança no vice-governador Chico Daltro (PSD), como dizem alguns boatos.

“Desisti de concorrer a um projeto majoritário por causa do bom momento que Mato Grosso atravessa com o evento da Copa do Mundo, viabilizados graças a boa relação com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), e devido aos investimentos de infraestrutura nos municípios”, discursou.

“Gosto muito de politica e queria muito ser candidato, mas, por causa da Copa, faço um governo atípico. Todavia, ao final vamos transformar para melhor a região metropolitana para Cuiabá como grande legado”, completou. Ele, no entanto, garantiu que participará ativamente do pleito como cabo eleitoral, pedindo votos e para a presidente Dilma.

Silval Barbosa era cotado para disputar a vaga ao Senado que abrirá com o fim do mandato de Jayme Campos (DEM) – que se articula para disputar a reeleição. Com a desistência do governador, o caminho fica aberto para outros pré-candidatos a senatoria solidificarem suas candidaturas, como o deputado federal Wellington Fagundes (PR) e a ex-senadora Serys Slhessarenko (PTB), e também abre oportunidades para outros políticos.

A decisão do peemedebista também deve impactar nas pré-candidaturas ao governo. Chico Daltro, que já foi lançado ao governo em um evento com a chancela de Gilberto Kassab, ganharia força para concorrer com a máquina do Estado nas mãos caso Silval se desincompatibilizasse. Sem o governador no jogo eleitoral, também fica mais “fácil” para os governistas amarrem alianças para a sucessão, visto que a vaga de candidato ao Senado agora pode ser oferecida a outro partido.


Mais informações em instantes/ Primeira atualização 15h53 / Segunda atualização às 16h06