O pré-candidato ao Governo do Estado pelo PDT, senador Pedro Taques, e a maioria absoluta de seus aliados decidiram adotar um discurso cauteloso quanto aos impactos da Operação Ararath, na qual políticos da base governistas chegaram a ser presos, nas eleições de 2014. Para eles, esse tema não pode pautar a disputa eleitoral, bem como os efeitos colaterais precisam ser avaliados com cuidado.
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Durante a quinta fase da Operação Ararath, o ex-secretário de Governo Éder Moraes (PMDB) foi preso, bem como o deputado estadual José Riva (PSD), o qual já foi solto, ambos membros da base aliada governista. Além disso, o próprio governador Silval Barbosa (PMDB) foi conduzido pela Polícia Federal por posse irregular de arma, e citado, várias vezes, nas investigações, como um dos maiores beneficiados de um esquema de lavagem de dinheiro.
“Não podemos dizer qual será o efeito. É muito cedo para avaliar isso”, resumiu o senador ao ser questionado sobre o assunto durante a inauguração da nova sede do PDT em Cuiabá. “É muito cedo para podermos avaliar as consequências da operação. Ela já acabou? Haverá mais uma fase?”, ponderou o deputado federal Júlio Campos (DEM). “Precisamos analisar isso com cautela. E mais, as eleições não podem ser pautadas em uma operação da Polícia Federal, mas sim em propostas”, afirmou o presidente regional do PSDB, deputado federal Nilson Leitão.
Todos os outros líderes da oposição, atualmente formada por PDT, PPS, PSB, PV, DEM, PSDB, PTB, PP, SDD, PRP, PRB, PSC e PSDC, adotaram a mesma postura quando perguntados sobre o assunto.
O próprio prefeito Mauro Mendes (PSB), que também foi alvo da Operação Ararath, afirmou ser necessário tomar cuidado para não fazerem pré-julgamentos. “Eu mesmo fui uma vítima. Uma análise simplista, superficial e distorcida me fez vítima dessa operação”, pontuou.
O gabinete e a casa de Mauro Mendes foram alvos de busca e apreensão da Polícia Federal durante a quinta fase da Ararath. O prefeito contraiu um empréstimo de R$ 3 milhões com a empresa Amazônia Petróleo durante outubro de 2012 e caiu em suspeita após a mesma empresa ter assinado um contrato de emergência – com dispensa de licitação – com a Prefeitura de Cuiabá em um valor similar.
