O deputado federal Júlio Campos (DEM) afirmou que a oposição optou por lançar Jayme Campos (DEM) ao Senado Federal em detrimento da ex-senadora Serys Slhessarenko (PTB) pelo critério de intenção de votos. O democrata ainda cobrou uma retribuição de Serys nesse pleito, pelo fato de o então PFL (hoje DEM) ter ajudado ela a se eleger na senatoria em 2002.

Serys questiona se foi preterida por ser mulher ou por dinheiro e diz que PTB se apequena

A declaração de Júlio foi uma resposta ao questionamento feito pela petebista em entrevista ao Olhar Direto, ao criticar o fato de ter perdido a disputa interna para Jayme Campos na briga pela vaga ao senado na chapa da oposição.

"Não tenho nada contra a pessoa do senador Jayme Campos. Temos nossas diferenças ideológicas, mas só. Agora, eu coloco em xeque é o grupo que decidiu pela candidatura dele ao invés da minha. Até agora ninguém explicou qual o critério adotado. É porque não querem nenhuma mulher na majoritária? É a ideologia dele que é mais próxima a do Pedro? Ou foi estrutura financeira, dinheiro?", questionou Serys ao Olhar Direto.

De acordo com Júlio, as pesquisas internas apontaram que Jayme estava, em média, 25% a frente de Serys nas intenções de voto. “Se ela quer mudança em Mato Grosso, deve aceitar a missão de ser federal”, pontuou Júlio. “Foi o Dem (então PFL) que ajudou ela a ser senadora. Demos voto, estrutura e ajudamos financeiramente. Agora, naturalmente ela deveria vir conosco”, completa.

Saída do PTB da oposição

Júlio também descartou a saída do PTB da oposição para compor uma terceira via com o PSD de José Riva. Ele alega que a sigla trabalhista tem uma aliança histórica com o PFL-Dem de mais de 30 anos.

Lúdio e as máquinas

Para Julio, o embate com Lúdio Cabral vai ser duro. “Ele é um candidato forte, com desempenho brilhante nas eleições municipais”, avalia. “Definitivamente essa não vai ser uma eleição ‘mamão com açúcar’”, completa.

Para Campos, além de um candidato forte, Pedro Taques irá enfrentar a máquina federal do PT, a máquina estadual do PMDB e as máquinas dos municípios que fazem parte da base aliada que dá sustentação à gestão Silval Barbosa (PMDB).