A determinação do juiz federal Paulo César Alves Sodré, da 7ª Vara de Mato Grosso, que proíbe o jornalista José Marcondes, o “Muvuca”, de permanecer a menos de 200 metros do senador Pedro Taques (PDT) pode influenciar a campanha do humanista.

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A restrição judicial pode impedir que o mesmo participe dos debates eleitorais previstos no processo de disputa ao cargo de chefe do Executivo. Taques move sete processos contra Muvuca, após ele publicar uma série de artigos onde citava o financiamento da campanha de Taques ao Senado e considerava uma série de "ligações espúrias". Somados, os processos que tramitam no Juizado Especial Civil chegam ao valor de R$ 200 mil.

“Nós estamos em um processo eleitoral e gostaria que esses processos que ele moveu com antecedência não se misturassem. Porque eles podem contaminar o processo eleitoral. Se ele quer ser governador não pode manter essa barreira. O Taques precisa [me] enfrentar nos debates, o Riva também precisa", disse em um apelo público para que Taques reveja a medida protetiva e solicita sua distância.

"Minha candidatura está homologada, meu CNPJ está regular, minhas contas ok. Eu sou candidato e vou participar dos debates nem que seja com uma liminar debaixo do braço", disparou.

A medida foi adotada depois que Muvuca fez declarações em redes sociais que foram interpretas como ameaças veladas, expondo Taques ao perigo. “Não faz parte do meu processo civilizatório. Eu disse, no Facebook, que a gente ainda iria se matar, mas de raiva. Eu não mato nem mosquito”, disse.

Para imprensa, na saída do Juizado Especial, no Edifício Maruanã, em Cuiabá, Taques limitou-se a dizer que não iria aceitar nenhum tipo de retratação e avaliou que a conduta de famílias não podem ser feridas sem que medidas sejam adotadas. “Confio no judiciário e quem tem de provar alguma coisa é ele”. Ele reiterou ainda que Muvuca estava aproveitando o momento para poder “aparecer”.