O palanque da coligação ‘Coragem e Atitude para Mudar’, encabeçado pelo senador José Pedro Taques (PDT), “está de braços abertos” para receber a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) e, também, a presidenciável Marina Silva (PSB), principal concorrente da oposição. A garantia partiu do candidato a vice-governador Carlos Fávaro (PP), presidente licenciado da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), ao lembrar que o Partido Progressista e o PDT compõem o arco de alianças de Dilma; e que o PSB e PPS são da aliança de Marina.

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“Existe maturidade [na coligação] e muito respeito. Por isso, não ocorrem desavenças e a relação de apoio [aos presidenciáveis] acontece de forma harmoniosa”, argumentou Carlos Fávaro, sobre a distribuição dos apoiamentos, no palanque de Taques, com cinco candidatos à Presidência da República. Além de Dilma e Marina, também têm espaço na aliança os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB), José Maria Eymael (PSDC) e pastor Everaldo Dias Pereira (PSC).

O lado bom, segundo afirmou Fávaro durante visita à Redação do Olhar Direto, nesta terça-feira (02/09), é que seja quem for eleito presidente, Pedro Taques terá acesso privilegiado ao Palácio do Planalto e à Esplanada dos Ministérios.

“Respeito à orientação partidária e estou apoiando a reeleição da presidenta Dilma. Porém, meu entendimento com [José Pedro] é muito claro de que o foco é a disputa pelo governo de Mato Grosso”, emendou Fávaro. Ele não quis detalhar a participação do PP no comitê suprapartidário pró Dilma, aberto pelo ex-governador e senador Blairo Maggi (PR), no bairro Santa Rosa, região Oeste de Cuiabá.

“É sabido que a presidenta Dilma possui palanque ‘puro sangue’, em Mato Grosso. Mas estamos de braços abertos, como palanque para ela, porque o PDT e o PP são da sua coligação”, destacou o vice de Taques.

Carlos Fávaro foi duro, porém, na cobrança de clareza na posição da presidenciável do PSB em seu relacionamento com o segmento produtivo brasileiro.

“É essencial que a candidata Marina diga se vai respeitar o Código Florestal atual, que é muito rígido ou se irá alterá-lo; postura clara se é favorável ou contrária à biotecnologia; e também se é favorável à pesquisa da terceira e quarta geração de moléculas de defensivos agrícolas para assegurar a produção sustentável. Se for clara nos posicionamentos, terá o respeito do agronegócio”, disse Fávaro.