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Sábado, 27 de abril de 2024

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Rogério Salles sabia que estava assinando na venda de ações da Cemat, revela empresário que comprou

Foto: Olhar Direto

Rogério Salles sabia que estava assinando na venda de ações da Cemat, revela empresário que comprou
O empresário José Carlos de Oliveira afirmou que o ex-governador Rogério Salles (PSDB), candidato ao Senado pela coligação ‘Coragem e Atitude para Mudar’, sabia perfeitamente o que estava assinado, ao autorizar a Ordem de Transferência de Ações Escriturais da Centrais Elétricas Mato-Grossenses (Cemat), em 2002. É o que revela reportagem publicada na edição desta quinta-feira (11/09) do jornal Folha do Estado, no caderno de política.

 
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Na época, as ações foram vendidas por R$ 300 mil, valor muito aquém ao praticado no mercado, causando prejuízo ao governo de Mato Grosso. O valor global da negociação supera R$ 8,8 milhões, valor de suposto desfalque ao Tesouro do Estado.
 
“O [então] governador teve mais de uma vez condições de verificar os papéis que estava assinando”, diz trecho da reportagem da Folha, atribuindo a afirmação  a José Carlos de Oliveira, em depoimento à Polícia Civil.
 
Na investigação sobre o caso, o tabelião José Pires  Miranda de Assis, do Cartório do 6º Ofício da Comarca de Cuiabá, indica claramente que tanto Salles quanto o então secretário de Estado de Fazenda, Fausto Farias, assinaram os documentos sabendo do que se tratavam.
 
Pires Miranda  enviou uma funcionária do Cartório do 6º Ofício ao gabinete do governador, no Palácio Paiaguás, para coletar a assinatura da Ordem de Transferência de Ações Escriturais, emitidas pelo Banco Brasileiro de Descontos (Bradesco).
 
Desta forma, a afirmação  de Rogério Salles, após o caso vir à tona, está fragilizada. Antes de citar que partiu dele a ordem para investigar o caso, Salles chegou a colocar em xeque a veracidade da assinatura. Em princípio, inclusive, afirmou que assinatura no documento não era dele.
 
José Carlos de Oliveira sustenta, em depoimento à Polícia, que o negócio obedeceu às normas legais, mas não quis falar sobre a moralidade do compromisso.
 
Outro lado
Rogério Salles não atendeu nem retornou às ligações da equipe de reportagem do Olhar Direto. Em nota emitida por sua assessoria sobre o caso ele recordou que  foi o responsável por pedir as investigações sobre as fraudes, mas admitiu que houve um erro administrativo na venda das ações.
 
A assessoria explicou que, ao deixar o cargo de governador do Estado, no final de 2002, Salles descobriu um erro administrativo no processo de venda das ações da Rede Cemat. “Então, ele próprio pediu judicialmente a busca e apreensão dessas ações para recompor o prejuízo do patrimônio público”, diz a nota.
 
 “O processo citado ainda não foi concluído, mas está claro nos autos que não houve participação de Rogério Salles, assim como foi o próprio quem fez a denúncia”, completa a mesma nota.
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