A garantia de um palanque 100% a favor da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) é o trunfo da coligação ‘Amor à Nossa Gente’, liderada por PT, PMDB e PR, em prol do candidato Lúdio Mendes Cabral (PT), para convencer a coligação Unidos pelo Brasil (PT e PMDB) a montar uma estrutura para as últimas semanas de campanha e, principalmente, para o segundo turno, em Mato Grosso.  
 
A expectativa é fazer um contraponto aos palanques dos candidatos José Pedro Taques (PDT), da coligação ‘Coragem e Atitude para Mudar’, cujo vice Carlos Fávaro está na coordenação da campanha de Dilma com o ‘rei da soja’ Eraí Maggi Scheffer (PP); e também da candidata Janete Riva (PSD), da coligação ‘Viva Mato Grosso’.
 
A reportagem do Olhar Direto apurou que, além da fidelidade a Dilma, os seguidores de Lúdio esperam que Mato Grosso seja visto com melhores olhos na coligação nacional. E, justamente por isso, seja aquinhoado com maiores investimentos – Mendes Cabral tem feito uma campanha ‘franciscana’, sem dinheiro sequer para o básico.
 
“Nós do PT não somos imaturos em querer fazer dois palanques  em Mato Grosso. A presidenta  Dilma vem e poderemos estar no mesmo palanque, já que no seu palanque quanto mais apoio, melhor”, observou o presidente do PT, William Sampaio. “Posso dizer que o nosso palanque é 100% a favor do projeto de reeleição de Dilma, enquanto os outros têm candidatos para todos os gostos”, ironizou Sampaio.
  
Sempre que indagado sobre qual o palanque em que Dilma subirá numa   vinda a Mato Grosso, o candidato Lúdio Cabral não tem dúvidas:  onde estão os partidos da base de sustentação do governo. Ou seja: PT, PMDB, Pros, PR e PCdoB.
 
Após Pedro Taques afirmar que faz uma campanha ‘estadualizada’ e afastar por diversas vezes a possibilidade de fazer campanha com Dilma, a coordenação de Lúdio Cabral passou a tentar usar isso como argumento, em Brasília.