Ao contrário do primeiro turno, quando foram montados três palanques para a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT), no segundo turno o comando será unificado, sob coordenação geral do senador eleito Wellington Fagundes (PR). “A questão da campanha da Dilma estava muito ‘solta’ aqui no Estado, obedecendo a vários comandos. Agora, não! Todos vão passar pela orientação do Wellington”, afirmou o governador Silval Barbosa (PMDB), depois de participar do primeiro teste do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, no final da manhã desta terça-feira (07/10).

Silval apresenta VLT e garante não estar constrangido com problemas em obras
 
Dirigentes de PMDB, PT, PR, Pros, PCdoB e PSD se reuniram na noite desta segunda-feira, convocados por Silval, para definir estratégias do segundo turno. O Palácio do Planalto não ‘digeriu’ a derrota em Mato Grosso, onde Dilma liderou todas as pesquisas de opinião pública sobre tendência do eleitorado para a Presidência da República até a última semana do primeiro turno.
 
“Talvez alguns tenham deixado as coisas frouxas demais. No segundo turno, isso não irá acontecer de jeito nenhum”, afiançou Barbosa, que declinou da coordenação em favor de Fagundes, por compreender que o momento é favorável ao presidente regional do PR.



Nos bastidores de Brasília, não são poucos os que apostam na possibilidade de Wellington Fagundes ser convidado para ser ministro de Estado, em caso de reeleição de Dilma. No final da tarde desta terça-feira (07), Fagundes participa de reunião, em Brasília, com a coordenação nacional de Dilma.
 
No primeiro turno, a única coordenação formal de Dilma foi montada na casa do ex-secretário Baltazar Ulrich, adjunto de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, por ordem do ex-governador e senador Blairo Maggi (PR) e suplente de senador José Aparecido Cidinho Santos (PR). O comitê montado na rua Rússia, bairro Santa Rosa – região Oeste de Cuiabá – não está mais funcionando.
 
No primeiro turno, dos oito eventos pró-Dilma preparados pela coordenação de Blairo Maggi, nenhum contou com Silval Barbosa ou o candidato da coligação governista ‘Amor à Nossa Gente’, encabeçada pelo ex-vereador Lúdio Mendes Cabral (PT).