Depois de alguns dias de intensa conversa, os deputados estaduais eleitos caminham para a construção de uma chapa de consenso para a eleição pela presidência da Assembleia Legislativa (AL). A disputa hoje está entre os deputados aliados ao governador eleito Pedro Taques (PDT), Eduardo Botelho (PSB) e Guilherme Maluf (PSDB). Os dois tentam se articular nos bastidores, mas a tendência é que um acabe isolando o outro.

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Iniciando sua vida pública, Eduardo Botelho (PSB) enfrenta muita dificuldade para ganhar musculatura. Seu maior desafio é convencer os colegas de pleno que tem bagagem para assumir o cargo. O problema é que nem mesmo dentro da base aliada o socialista consegue unidade.
 
Conforme apurou o Olhar Direto, Botelho tem 5 dos 11 votos da chamado G 11, que reúne os deputados eleitos pela coligação ‘Coragem e Atitude Pra Mudar’. Além disso, tem a certeza dos votos dos republicanos Emanuel Pinheiro, Nininho e Sebastião Rezende. Wagner Ramos pode espirrar a qualquer momento.
 
O saldo, no entanto, ainda é baixo para se garantir como o candidato do grupo. Com esse cenário, Botelho pode ficar enfraquecido e ir perdendo votos. Essa instabilidade, segundo uma fonte da AL, cria o ambiente ideal para a formação de uma chapa de consenso, envolvendo situação e oposição.
 
Essa tese vem sendo amplamente debatida, especialmente após o gesto de Mauro Savi, que admitiu não ver problema em recuar de sua candidatura em nome da unidade no parlamento estadual.