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Domingo, 05 de maio de 2024

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Votação na Câmara

Brasília está dividida entre aqueles que vestem amarelo contra quem usa vermelho

Foto: Jardel P. Arruda

Brasília está dividida entre aqueles que vestem amarelo contra quem usa vermelho
O muro que separa a Esplanada dos Ministérios em duas, um lado reservado para quem quer o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), outro para que é contra, causa mais que uma divisão física. Ele faz pairar sobre a cidade uma divisão de sentimentos: De um lado quem acredita que o país é vítima do “lulopetismo”, do “foro de São Paulo”, de uma administração comunista e corrupta; já do outro estará quem considera o impedimento, como está sendo feito, um golpe de Estado e um atentado contra a democracia, um movimento das elites, orquestrado por parlamentares corruptos.


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Pessoas do grupo pró-impeachment estão divididas em dois grupos. Nesta manhã, um já começa a ocupar a metade sul da esplanada, ainda timidamente. Na noite de sábado, os poucos que se mantiveram no local fizeram uma vigília religiosa pela liberação do país do PT.  Mais deles estão em um acampamento montando pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) – aonde chega a comitiva de Mato Grosso -, mas em seguida devem ir para a esplanada. Vestidos de verde e amarelo, com gritos de “fora Dilma!” e em um clima de animação, quase de comemoração.

Já o grupo contra o impeachment se concentra no Acampamento Nacional Pela Democracia e Contra o Golpe, no ginásio Nilson Nelson, seis quilômetros distantes da esplanada. No local, milhares de manifestantes, a grande maioria estudantes, sem terras, atingidos por barragens, camponeses, trabalhadores ligados à Central única dos Trabalhadores e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, indígenas e pessoas ligadas a movimentos sociais.

Para enfrentar o que chamam de golpe contra Dilma, esse grupo passou sábado em atos políticos e rodas de debates para discutir e entender melhor o momento político. Na manhã de domingo ainda se mantém no entorno do ginásio Nilson Nelson e se preparam para seguir até a esplanada em um horário ainda a não divulgado.

Separados, cada grupo se mantém confiante na vitória, preparando-se de maneiras diferentes para a votação. De ambos os lados é possível notar uma tensão em relação ao lado oposto. Todos tem noção de quem vivem um dia histórico e de dimensões que só serão entendidas em sua totalidade na posteridade. Provocações são normais nas ruas da cidade e a expectativa para saber a reação dos manifestantes após o termino da votação, seja qual for o resultado, é grande.

A sessão está marcada para começar às 14 horas. Cada parlamentar terá 10 segundos para pronunciar seu voto. Em mato Grosso, a bancada por enquanto se posiciona para registrar 6 votos favoráveis a abertura do processo de impeachment e 2 votos contra a abertura.

Favoráveis deverão votar os deputados federais Adilton Sachetti (PSB), Carlos bezerra (PMDB), Fabio Garcia (PSB), o suplente José Augusto Curvo (PSD), Victório Galli (PSC) e Nilson Leitão. Contra a instauração do processo se posicionam Ságuas Moraes (PT) e Valtenir pereira (PMDB).
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