A construção de uma hidrovia na bacia Teles Pires–Tapajós é uma das frentes de trabalho do Movimento Pró-Logística, lançado na noite de quinta-feira (20) e que pretende promover o desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso por meio de obras de insfraestrutura e logística.
O projeto da hidrovia prevê uma extensão de 1.576 quilômetros navegáveis, saindo de Sinop, em Mato Grosso (500 Km ao norte de Cuiabá) e chegando a Santarém, no Pará. Esse percurso reduziria em cerca de 500 quilômetros a distância para escoar a produção de grãos de Mato Grosso. A mercadoria sairia pelo porto paraense, ao invés de ir aos portos do Sul e Sudeste.
Além dos “quilômetros economizados”, devem-se levar em consideração os impactos ambientais, já que seriam utilizados navios no lugar de caminhões. Segundo os cálculos do Movimento Pró-Logística, a mudança de rodovia para hidrovia representaria uma queda de 95% nas emissões de gás carbônico na atmosfera. O transporte hidroviário é o mais “ecologicamente correto” dentre os meios possíveis, e Mato Grosso possui grande potencial hidrográfico.
A hidrovia teria atuação direta sobre 38 municípios apenas em Mato Grosso, em uma região que representa 21% da população total do Estado e 43% da produção de grãos. Os custos com frete para o escoamento dessa produção poderiam cair até 70%, uma economia de algo perto dos 926 milhões por ano.
O Movimento
O Movimento, formado por entidades dos setores da agricultura, pecuária, comércio, serviços e sociedade, quer mostrar os benefícios que investimentos pesados na infraestrutura de transportes e logística traria ao Estado. Benefícios esses que vão desde a economia, passando pelo meio ambiente e culminando nas melhorias sociais.
As entidades parceiras são a Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso), Fecomércio (Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso), Fiemt (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso), Acrimat (Associação dos criadores de Mato Grosso), Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso), Ampa (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão), AMM (Associação Mato-grossense de Municípios), Crea-MT (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), Frenlog (Frente Parlamentar de Logística de Transporte e Armazenagem) e o Instituto Ação Verde.
