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Domingo, 28 de abril de 2024

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Após adiamento, missão da OEA marca viagem a Honduras

A missão de chanceleres da OEA (Organização dos Estados Americanos), que inicialmente viajaria no dia 11 de agosto para Honduras, chegará na próxima segunda-feira (24) ao país, informou nesta sexta-feira a entidade. A missão de alto nível busca convencer o governo de fato, liderado por Roberto Micheletti, a assinar o Acordo de San José, como solução para a crise política no país após a deposição do presidente Manuel Zelaya, em 28 de junho.


O Acordo de San José contempla a criação de um governo de união nacional liderado por Zelaya, a antecipação das eleições, a anistia para os crimes políticos, entre outros aspectos.

A delegação será composta pelo secretário de Estado do Canadá para Assuntos Exteriores no continente americano, Peter Kent, e pelos chanceleres da Argentina, da Costa Rica, da Jamaica, do México e da República Dominicana, além do chanceler panamenho, cuja presença não estava prevista na primeira formação.

O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, acompanhará a delegação, apesar das pressões iniciais do governo de fato para que ele não fizesse parte da comissão.

A administração de Micheletti acusou Insulza de não ter sido neutro com relação ao conflito, mas retificou a declaração e anunciou que haviam "conciliado as diferenças" e que permitia que o titular da OEA participasse como "observador".

Histórico

Zelaya foi deposto nas primeiras horas do dia 28 de junho, dia em que pretendia realizar uma consulta popular sobre mudanças constitucionais que havia sido considerada ilegal pela Justiça. Com apoio da Suprema Corte e do Congresso, militares detiveram Zelaya e o expulsaram do país, sob a alegação de que o presidente pretendia infringir a Constituição ao tentar passar por cima da cláusula pétrea que impede reeleições no país.

O presidente deposto, cujo mandato termina no início do próximo ano, nega que pretendesse continuar no poder e se apoia na rejeição internacional ao que é amplamente considerado um golpe de Estado --e no auxílio financeiro, político e logístico do presidente venezuelano-- para desafiar a autoridade do presidente interino e retomar o poder.

Isolado internacionalmente, o presidente interino resiste à pressão externa para que Zelaya seja restituído e governa um país aparentemente dividido em relação à destituição, mas com uma elite política e militar --além da cúpula da Igreja Católica-- unida em torno da interpretação de que houve uma sucessão legítima de poder e de que a Presidência será entregue apenas ao presidente eleito em novembro --as eleições estavam marcadas antes da crise, e nem o presidente deposto nem o interino são candidatos.
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