O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Brasília, concedeu hábeas corpus para o advogado Aroldo Fernandes da Cruz, preso na Operação “Maranello”, deflagrada pela Polícia Federal, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que trazia droga da Bolívia para o Brasil, tendo como rota Mato Grosso.

A decisão foi do desembargador Cândido Ribeiro. Aroldo Fernandes cumpria prisão preventiva desde o dia 29 de setembro, quando ocorreu a operação, e deixou a sede do Corpo de Bombeiros no final da tarde desta quarta-feira.

Ele é acusado de tráfico de influência. Conforme informações da PF, o advogado exercia influência sobre os quatro policiais civis, que também foram presos. Durante depoimento à polícia, Fernandes teria alegado ter usado o nome de um delegado para pedir dinheiro.

Os investigadores detidos eram responsáveis para guardar 380 quilos de cocaína, em uma fazenda no município de Barão de Melgaço. A apreensão deu início a primeira fase da investigação da polícia.

Além do advogado, outras 12 pessoas entre empresários, policiais tiveram a prisão expedida pela Justiça Federal . No entanto, ele é o segundo a ser liberado na Maranello. Na noite de ontem, o empresário Alexandre Zangarini teve a prisão revogada pelo juiz da Segunda Vara Federal, Jefferson Schneider.

Zangarini é acusado de ser um dos principais financiadores do tráfico internacional de drogas em Mato Grosso. Ao todo, 24 pessoas tiveram a prisão decretada, mas 11 continuam presas por envolvimento com a quadrilha e outras 11 estão foragidas.

Ogrupo praticava o crime através de compra e venda de veículos importados, como Ferraris, BMWs, Lamborghini, Corvettes. As investigações também apontaram factorings e empresas espalhadas em Cuiabá, Belo Horizonte e Corumbá (MS), que estavam em nome de “laranjas”.