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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Em carta, grupo ameaça e pede renúncia de Berlusconi; deputado vê "delírio"

O diretor do jornal italiano "Il Riformista", Antonio Polito, recebeu neste sábado uma carta contendo ameaças contra o primeiro-ministro do país, Silvio Berlusconi, o presidente da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini, e o líder da Liga Norte e ministro para as Reformas, Umberto Bossi.


O texto, postado no dia 8 de outubro em Milão, foi entregue às 10h (5h em Brasília) à redação da publicação em Roma, informou Polito, a quem estava endereçada a correspondência.

A carta é assinada pelas Brigadas Revolucionárias para o Comunismo Combatente e contém um ultimato para que Berlusconi, Bossi e Fini renunciassem aos seus cargos até às 23h59 (18h59 em Brasília) de 16 de outubro passado. Do contrário, ainda segundo relatou o diretor do "Il Riformista", o grupo faria uma revolução armada, como a de Cuba.

Polito disse também que o texto traz uma análise política sobre a sentença da Corte Constitucional em relação ao Laudo Alfano, a lei que garantia imunidade penal aos quatro cargos mais altos do governo italiano, entre os quais o de Berlusconi e o de Fini e que foi derrubada pelos magistrados no último dia 7.

O suposto grupo faz ainda referências ao dia 8 de setembro de 1943, data em que a Itália se rendeu aos Aliados, durante a Segunda Guerra (1939-1945), e ao início da luta contra a ocupação militar e o fascismo.

Ao tomar conhecimento do texto, Fini disse esperar que "não seja aberto um debate sobre nada, porque eu li [a carta] e é claramente um delírio".

Para o Partido Democrata (PD, de oposição), "ameaças como as da carta enviada ao 'Il Riformista' são um fato grave e alarmante e não condizem com a política".

"Uma coisa é o confronto político e outra é a ameaça, são dois planos que não devem ser confundidos. O Partido Democrata está empenhado a condenar e a combater toda forma de violência", dizem os democratas em um comunicado.

As Brigadas Revolucionárias para o Comunismo Combatente não são conhecidas na Itália. A primeira vez que se ouviu falar desta agrupação foi há pouco tempo. No início deste mês, o grupo enviou uma carta aos jornais "Il Foglio", "Il Messaggero" e "Il Fatto Quotidiano". A mensagem exaltava a revolução, trazia a frase "não ao golpe" e continha também uma advertência ao papa Bento 16.
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