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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Presidente interino diz que aceitará decisão do Congresso sobre Zelaya

Foto: Reprodução

Presidente interino diz que aceitará decisão do Congresso sobre Zelaya
O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, afirmou nesta quarta-feira que Manuel Zelaya, presidente deposto há mais de cinco meses que está abrigado na embaixada do Brasil na capital Tegucigalpa, "é história". Micheletti, porém, garantiu que aceitará a decisão tomada pelo Congresso sobre a eventual restituição dele.


"Acho que (Zelaya) já é história, porque as pessoas responderam a todas as perguntas que ele tinha exigido e também disseram que não estão de acordo com a posição dele de tentar [...] boicotar as eleições", disse, em entrevista ao Canal 10. "Eles irão tomar sua decisão, eu respeitarei a decisão que tomarem. Lembremos que aceitar que Zelaya retorne é aceitar que eu saia da Presidência."

Da embaixada brasileira, Zelaya havia pedido aos hondurenhos que boicotassem o pleito. O governo interino afirma que o comparecimento foi superior a 60% e contou com quase meio milhão a mais de votantes que qualquer outra eleição anterior.

O Congresso hondurenho inicia nesta quarta-feira votação sobre a restituição de Zelaya que está prevista no Acordo Tegucigalpa/San José Diálogo de Guaymuras, o documento assinado tanto por Micheletti quanto por Zelaya, no fim de outubro passado, por meio de mediação dos Estados Unidos. Pelo acordo, o Congresso tomaria a decisão política sobre o assunto, à parte da decisão jurídica, da Suprema Corte, que é pelo afastamento de Zelaya.

Com o acordo assinado, porém, o Congresso pediu parecer à Suprema Corte e ao Ministério Público, entre outras autoridades, e, à espera desses documentos, adiou a votação a respeito do assunto em mais de um mês, permitindo que a eleição do próximo presidente hondurenho fosse realizada antes.

O pleito ocorreu no domingo passado (29) e elegeu Porfirio Lobo, candidato conservador do Partido Nacional (PN).

Logo que percebeu que a votação no Congresso só ocorreria após a eleição, Zelaya anunciou que o acordo assinado estava morto. Ontem (1º), ele reforçou, por meio de um assessor, sua estratégia para voltar o poder. O assessor, Carlos Eduardo Reina, afirmou que o hondurenho deveria ter direito de ficar no poder o número de dias perdidos pela deposição.

Para Zelaya, o acordo não avançou porque Micheletti --com o apoio do Congresso-- queria, com o presidente já escolhido, evitar definitivamente o seu retorno ao poder.

Micheletti retornou à Presidência interina de Honduras nesta quarta-feira. Ele estava afastado do cargo desde o último dia 25, para viabilizar a eleição.

Se o Congresso decidir por não restituir Zelaya, Micheletti disse que sua posição é "continuar no governo ajudando o presidente eleito para que ele tenha conhecimento pleno [...] do que acontecerá no início de seu governo".

Micheletti reiterou ainda que não tem intenção de realizar nenhuma ação contra a embaixada do Brasil, onde Zelaya está abrigado desde 21 de setembro.
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