Olhar Direto

Domingo, 28 de abril de 2024

Notícias | Mundo

Taleban assume ataques que mataram 13 estrangeiros no Afeganistão

O grupo radical islâmico Taleban assumiu a autoria de dois ataques a bomba separados, ocorridos no Afeganistão, que mataram oito americanos agentes da CIA, cinco canadenses e um afegão nesta quinta-feira, confirmando 2009 como o ano mais violento para as forças estrangeiras que atuam no país.


O primeiro ataque, que matou os americanos e o afegão e deixou mais seis americanos feridos, aconteceu ontem (30) em uma base americana na Província de Khost, perto da fronteira com o Paquistão, e foi realizado por um homem-bomba, de acordo com informações prestadas pelo Departamento da Defesa, em Washington. Um congressista americano afirmou que há agentes da CIA (a agência de inteligência americana) entre as vítimas.

"Ontem, em uma base americana perto do antigo aeroporto de Khost, um suicida chamado Samiulá realizou um atentado ao detonar seu cinturão de explosivos e matar americanos", disse Zabihulá Mujahid, porta-voz do Taleban que falou por telefone com a agência de notícias France Presse. "Era nosso homem e detonou o cinturão em meio a agentes da CIA." Conforme o Taleban e os EUA, a explosão aconteceu em uma academia.

Separadamente, na Província de Candahar, quatro soldados e uma jornalista canadenses foram mortos por uma bomba instalada na margem de uma rodovia detonada no momento em que eles passavam, em um carro blindado. "Os soldados patrulhavam para recolher informações e garantir a segurança na região. A jornalista estava com eles para informar o dia a dia dos soldados canadenses", disse o comandante canadense no Afeganistão, general Daniel Ménard. Michelle Lang, 34, é a primeira jornalista canadense morta na guerra do Afeganistão. Ela trabalhava para o "Calgary Herald" e tinha chegado no país havia apenas duas semanas.

Um total de 138 soldados canadenses morreram no Afeganistão, onde o Canadá mantém 2.800 militares na região de Candahar. Este contingente deve ser repatriado em 2011.

Os ataques acontecem em meio à polêmica sobre a morte de dez civis afegãos --sendo oito estudantes adolescentes--, no distrito de Narang, Província de Kunar. Segundo investigações divulgadas pela própria Presidência afegã, há evidências de que esses dez civis foram tirados de suas casas e mortos a tiros por forças estrangeiras. A denúncia provocou protestos anti-EUA na capital Cabul e em Jalalabad. No segundo, manifestantes incendiaram fotografias e um boneco do presidente americano, Barack Obama. A Isaf nega as acusações.

Nesta quinta-feira, foi a vez de o governo da Província de Helmand culpar um bombardeiro aéreo internacional pela morte de civis. O governo provincial, porém, não deu detalhes do ataque --que teria ocorrido no distrito de Babajid-- e nem disse quantos seriam os civis afegãos mortos.

No ano que vem, o número de soldados estrangeiros no Afeganistão deverá aumentar de 113 mil a 150 mil graças aos reforços anunciados pelos EUA e pela Otan (aliança militar ocidental). O objetivo é combater a insurgência do Taleban, que conseguiu fazer de 2009 o ano mais mortífero para o contingente estrangeiro desde a invasão do país, em 2001.

Ao mesmo tempo, o número de civis estrangeiros presentes no Afeganistão aumenta rapidamente. Os Estados Unidos anunciaram em novembro que duplicou a quantidade de especialistas civis e que esse número deveria alcançar as mil pessoas até o fim do ano.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet