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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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Governo dará abrigo

Barracos de 140 famílias são retirados de ocupação em reintegração; fotos

Foto: Lucas Bólico - OD

Barracos de 140 famílias são retirados de ocupação em reintegração;  fotos
Barracos de cerca de 140 famílias foram derrubados na manhã de hoje e os móveis e eletrodomésticos dos posseiros foram colocados na rua, em cumprimento a uma decisão que determinou reintegração de posse em uma área grilada há cerca de quatro meses no Bairro Bela Mariana, em Cuiabá.


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Às 6h, uma barricada incendiária já bloqueava a Rua Paranatinga para evitar a chegada da Rotam e da Polícia Militar, que se preparavam para retirar os grileiros em cumprimento à liminar concedida pelo juiz Helvio Carvalho Pereira. Os defensores públicos Munir Arfox e Air Praeiro tiveram de fazer a interlocução entre as famílias e a polícia para evitar que fosse necessário o emprego de força para o cumprimento da decisão.

Foram gastos mais de 20 minutos de conversa acalorada para convencer os invasores a cumprirem a decisão sem que a PM precisasse agir. Os grileiros não aceitavam sair pacificamente dos barracos. A tropa de choque da Polícia já estava recebendo as últimas orientação para a ação quando os grileiros aceitaram ceder, com a condição de que houvesse uma reunião com o secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda.

Sem que a polícia precisasse usar a força, os próprios moradores começaram a retirar seus pertences do local e desmontar os barracos. Apesar da obediência à decisão, grande parte se mostrou indignada. Um dos que estava desmontando os os barracos, que preferiu não se identificar, afirmou que voltaria depois que a polícia fosse embora.



“Estou há quatro meses só comendo ovo para construir isso aqui”, reclamou outro grileiro ao desmontar sua casa. Kleber da Silva, que há quatro meses estava instalado no grilo, afirmou que ficou sabendo da “oportunidade” de ter uma área para construir a casa própria por meio de parentes. Ele não tinha residência própria e resolveu tentar a sorte ocupando o local. Sua sogra tem uma casa nas proximidades do grilo.

“Cracolândia”

Parte dos grileiros já morava pela região e conhece moradores do bairro, que saíram em defesa dos invasores. “Isso ai [a área] está há mais de 8 anos abandonado. Antes de ocuparem tinha muito mato e isso ai só era usado por nóia [usuários de drogas] que ficava fumando crack”, reclamou uma moradora do bairro que se identificou apenas como Luiza.

“Isso ai só serve pro povo fumar crack e pra desmanche de carro. Agora que limparam o dono quer de volta?”, questiona a moradora. “Quando só tinha mosquito da dengue eles não queriam o terreno”, completa.



Evitando um novo Humaitá

A Defensoria Pública participou desta reintegração na tentativa de evitar um novo “caso Humaitá”. Diferentemente da desocupação violenta ocorrida no último mês, desta vez o Comitê de Conflitos Agrários analisou o caso e deu o aval para a polícia cumprir a liminar. Além da Rotam e dos policiais militares, o Corpo de Bombeiros deu suporte à operação.

Governo vai ajudar famílias

O secretário –chefe da Casa Civil, José Lacerda, garantiu que o governo do Estado irá dar suporte às famílias. Além de dar alimento, o Estado se comprometeu a arrumar um teto, provavelmente em uma escola estadual, para quem necessitar.



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