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Sábado, 27 de abril de 2024

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Você Conhece a Síndrome de Burnout?

Talvez você já tenha se deparado os sintomas da síndrome de burnout e não tenha se dado conta. Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional é um distúrbio psíquico identificado em 1974 e reconhecido pela Organização Mundial de Saúde que se caracteriza por um estado de estresse prolongado desaguando em um quadro de esgotamento físico e emocional provocado por condições de trabalho particularmente desgastantes.

É comum a queixa das seguintes manifestações físicas: cefaleia, enxaqueca, cansaço, palpitação, pressão alta, crises respiratórias, dores musculares, insônia, problemas gastrointestinais, entre outras.

Estatísticas dão conta que cerca de 4% da população economicamente ativa do mundo convive com os seus sintomas. Profissionais ligados a atividades especialmente sujeitas a grandes pressões, como agentes penitenciários, policiais, bombeiros, médicos e mulheres com dupla jornada de trabalho são mais propensos a desenvolver a síndrome.
As empresas, por sua vez, devem manter uma política de valorização de seus empregados e abstenção de cobranças desmesuradas ou mesmo da famigerada prática do assédio moral, que por sua vez pode ser definido como a tirania no trabalho, com humilhações e agressões reiteradas com o ânimo de minar a autoestima do profissional. Pois, se num primeiro momento, o trabalhador pode ser pressionado para realizar incontáveis horas extras e a se dedicar exclusivamente ao trabalho, privando-se inclusive do convívio família, em algum tempo ele se tornará desmotivado, intolerante, impaciente e com saúde debilitada.

Como parte do tratamento, é fundamental a prática de atividades físicas e se permitir momentos de lazer, no entanto, também pode ser necessária a intervenção médica com uso de antidepressivos, terapia e afastamento temporário das atividades laborais.

Fundamental ainda ter a consciência de que o estresse duradouro não é algo normal mesmo para quem tem uma rotina atribulada e que o álcool, drogas e tabagismos não devem ser usados como uma válvula de escape para o problema.

Se você possui estes sintomas, ou conhece quem os tenha, é hora de procurar ajuda médica especializada.


Eduardo Moreira Lustosa
Advogado associado do escritório Mattiuzo & Mello Oliveira Advogados Associados, especialista em Direito Processual Civil, Direito Constitucional, Direito do Trabalho e membro da Comissão de Direito do Trabalho da OAB/MT

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