Olhar Jurídico

Segunda-feira, 13 de maio de 2024

Notícias | Trabalhista

DOM ORLANDO CHAVES

Após 20 anos, Justiça libera pagamento de R$ 1 milhão a ex-professores de colégio em Cuiabá

Foto: TRT/MT

Reinaldo Silveira Bueno, advogado do primeiro trabalhador credor, recebendo o alvará para liberação do dinheiro de seus clientes

Reinaldo Silveira Bueno, advogado do primeiro trabalhador credor, recebendo o alvará para liberação do dinheiro de seus clientes

Após uma espera de quase 20 anos a Justiça do Trabalho liberou na quinta-feira (13) o pagamento de créditos no valor de cerca de R$ 1 milhão devidos a 44 professores que trabalhavam no Colégio Dom Orlando Chaves, localizado em Cuiabá. Os processos foram ajuizados a partir do ano 1993, informou a asessoria do Tribunal Regional do Trabalho.


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Mesmo com os direitos reconhecidos pela Justiça trabalhista os processos não puderam ser concluídos devido à dificuldade de se obter dinheiro ou bens junto ao grupo econômico responsável pela instituição de ensino. O pagamento liberado nesta semana é resultado da venda do imóvel onde funcionava o colégio, no bairro Boa Esperança, e que mais recentemente abrigava a Faculdade FIC.

Tendo em vista que o valor obtido com a venda, cerca de R$ 1,036 milhão, é insuficiente para quitar integralmente todos os processos, o juiz Lamartino França de Oliveira, em atuação na Coordenação de Apoio à Execução do TRT de Mato Grosso, propôs aos advogados dos trabalhadores um acordo para, assim, contemplar todos os processos constantes nas planilhas do processo piloto.

Os esforços para a penhora e venda do imóvel foram alvo de uma série de recursos judiciais, inclusive ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), todos já julgados e sem possibilidade de alteração (transitado em julgado).

Segundo a assessoria, ao todo, 18 advogados participaram da audiência realizada nessa quinta na Coordenadoria de Apio à Execução do TRT/MT. A audiência para a entrega dos alvarás para a liberação dos montantes foi realizada na manhã de quinta e contou com a participação de 18 advogados, entre eles Reinaldo Silveira Bueno, procurador do primeiro credor, e Nilson Arruda Pinto, cujos primeiros processos contra a instituição educacional datam de 1993.

Conforme proposta aceita pelos presentes, o valor devido a cada trabalhador foi atualizado até outubro de 2009 e sobre ele aplicado um deságio de 13%. O acordo possibilitou que todos os trabalhadores fossem contemplados, com valores proporcionais ao crédito existente.

Para os exequentes que constarem da planilha de cálculos e não se fizeram presentes na audiência de hoje, caso manifestem concordância com os termos do acordo, em um prazo de 10 dias, poderá ser liberado o crédito mediante pedido endereçado à Coordenação de Apoio à Execução do TRT/MT.

A orientação do TRT é para que os professores que trabalharam no Colégio Dom Orlando Chaves e não receberam o acerto trabalhista procurarem os seus advogados. Os trabalhadores também podem ir até a sede do Tribunal, localizada no Centro Político Administrativo, na avenida Historiador Rubens de Mendonça (a do CPA), para fazer a consulta na planilha.

Processos pilotos 00208.1998.002.23.00-9 e 00012.1998.001.23.00-8
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