Já está em liberdade o ex-policial militar Valtencir Moreira Costa, o “Duduzão”, condenado a 19 anos e 10 meses de prisão pelo assassinato da advogada Andréa Carvalho Furtado Pereira. O crime aconteceu no dia 16 de abril de 2007 na cidade de Tabaporã.

Costa ganhou progressão de pena, saindo do regime fechado para o semi-aberto, após cumprir dois quintos da pena. Desde a quarta-feira (6), ele está em liberdade, pernoitando num albergue ou Batalhão da PM indicado pela Vara de Execuções Penais da Capital.

Leia mais
MPE denuncia ex-PMs Célio, Hércules e Costa por assassinato de adolescente de 13 anos

Valtecir foi condenado por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, que dificultou a defesa da vítima e meio insidioso e cruel. A perícia constatou, durante as investigações, que os projéteis que atingiram Andréa têm as mesmas características dos encontrados dentro da caminhonete do ex-soldado.

Na fuga, após matar a advogada, ele acabou capotando e abandonando o veículo. Testemunhas também informaram que viram o ex-policial entrando e saindo do escritório de Andréa, na tarde em que ela foi morta.

A advogada foi executada com dois tiros e as investigações apontaram que o motivo seria vingança, já que Andreia era advogada de sua ex-esposa em um processo sobre separação e pagamento de pensão.

Em defesa, o ex-PM tentou atribuir o assassinato a um terceiro elemento, que havia encontrado ao chegar no escritório de Andrea, no centro de Tabaporã. Não conseguiu, no entanto, apagar as inúmeras evidências que deram qualificação ao homicídio.

O Conselho de Disciplina da Polícia Militar de Mato Grosso decidiu pela expulsão de Valtencir da corporação. De acordo com ata da reunião final que tratou do processo, o ex-policial, que já estava com o recebimento de seus soldos suspensos, não reunia condições de permanecer nas fileiras da Polícia Militar.

Leia outras notícias do Olhar Jurídico