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Sábado, 27 de abril de 2024

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AÇÃO NO TRF

Donos de transportadoras investigadas na Ararath, Martelli e Barbosa entregam respostas às acusações

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Donos de transportadoras investigadas na Ararath, Martelli e Barbosa entregam respostas às acusações
Os empresários do ramo de transportes Genir Martelli e Márcio Luiz Barbosa entregaram nos dias 11 e 13 de maio as respostas às acusações do Ministério Público Federal (MPF) que versão sobre os supostos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva, arquitetados, conforme o denunciante, pelo ex-secretário de Fazenda Eder Moraes. As possíveis irregularidades foram escancaradas pela Operação Ararath.

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Segundo os autos, o esquema começava na Casa Civil onde o então secretário de Estado Eder Moraes articulava a concessão de benefícios fiscais, em tese irregulares, para Martelli e Barbosa. O crédito fiscal era posteriormente abatido pelas empresas no pagamento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Foram concedidos incentivos fiscais na ordem de R$ 192 milhões às empresas Martelli Transportes, Transportes Panorama, Transoeste Logística e Transportes do Oeste.

Conforme o MPF, como recompensa ao grupo político envolvido no esquema, os empresários repassavam parte do valor recebido como crédito fiscal às empresas ligadas a Júnior Mendonça para quitar ou abater do valor total das dívidas do grupo político representado por Éder de Moraes. Todo o enredo de crimes praticados pelo grupo tem como pano de fundo atos contra o sistema financeiro nacional, em que factorings e outras empresas alimentam o grupo com recursos ilícitos obtidos por meio de empréstimos concedidos por bancos clandestinos.

Eder de Moraes Dias chegou a afirma, em depoimento ao Ministério Público Estadual obtido pelo Olhar Jurídico, que o grupo Martelli Transportes, chefiado pelo empresário Genir Martelli, foi “emparedado” pelo governo estadual para participar como protagonista no esquema de lavagem de dinheiro. “O Genir conhece toda essa engenharia, eles não queriam participar muito disso, estavam receosos, inclusive com o Ministério Público, mas o governador emparedou eles, ‘ou vocês fazem para ajudar ou vão sofrer retaliação”, afiançou o delator.

A ação, responsável por tratar da denúncia, corre sob segredo de Justiça, na 5ª Vara Federal de Mato Grosso e o conteúdo das respostas dos empresários não pode ser acessado.
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