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Após condenação

Defesa de Arcanjo tenta liberdade e avalia que pode obter progressão de pena em sete meses

11 Set 2015 - 17:15

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Patrícia Neves

Foto: TJ/MT

Defesa de Arcanjo tenta liberdade e avalia que pode obter progressão de pena em sete meses
A defesa do comendador João Arcanjo Ribeiro recorreu da decisão do júri, que o condenou a 44 anos e dois meses de prisão pelos homicídios de Rivelino Jacques Brunini e Fauze Rachid Jaudy e também pela tentativa de assassinar o pintor Gisleno Fernandes. O filho de Rivelino, Rafael Brunini, comemorou a pena: “Não vai trazer meu pai de volta, mas alivia a dor”. Além disto, o advogado Paulo Fabrini comentou que tentará a liberdade de seu cliente e avaliou que pode obter progressão de pena em sete meses.

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O advogado de João Arcanjo Ribeiro recorreu da decisão logo após a decisão do júri e disse que prevaleceu o ‘Mito Arcanjo’: "De fato, foi julgado o mito comendador Arcanjo. Por esse motivo a defesa recorreu e além do recurso vai tomar outras medidas para colocar ele em liberdade”.
 
Com uma somatória de quase cem anos de penas, sendo 25 anos por crimes contra o sistema financeiro, dezenove anos e dez meses pela morte de Sávio e outros 44 anos e dois meses pelo duplo assassinato e homicídio tentado, a defesa avalia que em mais seis ou sete meses conseguirá obter a progressão de pena.
 
Paulo Fabrini declarou ainda que a vinda do comendador para Mato Grosso seria de interesse do Governo do Estado: “O governador Pedro Taques (PSDB), disse recentemente que o Estado tem condições de receber o Arcanjo”. Ele ainda acrescentou que como os processos com condenações então suspensos, isso não interfere, porque não foram motivos do pedido de extradição.
 
O filho de uma das vítimas, Rafael Brunini, comemorou a decisão: “Hoje eu tiro o luto pelo mandante do crime. É um sentimento de alívio. Não vai trazer o meu pai de volta, mas alivia a dor”. João Arcanjo Ribeiro foi preso em março de 2003, na cidade de Montevidéu, no Uruguai. O advogado do comendador afirmou que continuará a frente do caso.
 
Julgamento
 
O julgamento de Arcanjo começou na última quinta-feira (10), às 08h40, no Fórum de Cuiabá e se estendeu até ás 16 horas desta sexta-feira (11), quando saiu a decisão do júri. A sessão foi suspensa diversas vezes durante as mais de 20 horas de embate entre a defesa e a promotoria.
 
Ontem, por receio, uma das testemunhas solicitou que toda pessoas presentes fossem retiradas do plenário. Somente, a defesa, o MPE (Ministério Público Estadual) e a magistrada permaneceram na sala. O depoimento durou cerca de uma hora e só depois disto estudantes, jornalistas, e populares foram autorizados a retornar.
 
Também foi dito pelas testemunhas que o comendador tinha o apelido de ‘Papai do Céu’, em referência ao seu poder no Estado de Mato Grosso, o que foi negado por João Arcanjo. Após a sentença, o ex-bicheiro se mostrou impassivo e não esboçou qualquer reação.
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