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Sábado, 27 de abril de 2024

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condenação de arcanjo

Promotor defende fim do 'Estado paralelo' , diz que Arcanjo não virou 'santo' e estuda recorrer para ampliar pena

Foto: Olhar Direto

Promotor defende fim do 'Estado paralelo' , diz que Arcanjo não virou 'santo' e estuda recorrer para ampliar pena
“A sociedade merece um ambiente limpo da criminalidade organizada. A sociedade merece por parte dos órgãos do Estado um combate efetivo contra o Estado paralelo para as criança s e futuras gerações. É importante que as hipocrisias sociais que pairaram e ainda pairam e todo país possam ser objeto de correções”. A afirmação é do promotor Vinicius Gahyva, que atuou na acusação de João Arcanjo Ribeiro. O MPE estuda recorrer para garantir a ampliação da condenação pelas mortes de Rivelino Brunini, Fauzer Rachid Jaudy e pela tentativa contra o pintor Gisleno Fernandez. Os crimes foram registradas em junho de 2002, em Cuiabá. 

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“A condenação está um pouco aquém da proporcionalidade devida. Vamos fazer uma avaliação e analisar possibilidade de recurso com relação à aplicação da pena”, disse. O MPE sustentou que a morte de Rivelino ocorreu em razão do descumprimento de ordens e divisão de territorialidade para exploração de máquinas caça-níqueis entre 2001 e 2002.  Arcanjo- detentor do domínio do Estado – foi denunciado como mandante da morte.  Na época, o esquema - segundo  o MPE - lhe rendia a quantia mensal de R$ 200 mil. 

Rebatendo a tese da defesa, de que Arcanjo é um homem probo e que gerava renda (por meio da exploração do jogo do bicho) para quatro mil pessoas, o promotor pontuou: “Arcanjo não foi promovido de Arcanjo para santo e a hipocrisia que lhe foi capaz de outorgar um título de comendador foi corrigida”.

Na maior parte do julgamento pelas mortes de Rivelino Brunini, Fauzer Rachid Jaudy e pela tentativa contra o pintor Gisleno Fernandez, ele mostrou-se apático. Na sessão iniciada por volta das 9h de 10 de setembro, foram raros os momentos que ele sorriu para seus familiares que permaneceram em fileiras próximas ao local destinado à defesa e ao réu. Ao término do primeiro dia de julgamento, somente um irmão de Arcanjo recebeu autorização para que falasse com o mesmo. Já na tarde de hoje, 11, minutos após a leitura da sentença de 44 anos de prisão e dois meses, uma das filhas de Arcanjo deixou a sessão chorando e preferiu não falar com a imprensa.

Para o filho de Rivelino, Rafael – a condenação coloca fim há doze anos de expectativa. “Um sentimento de alívio. Claro, que essa condenação não vai trazer meu pai de volta e nem reparar o dano, mas sim, amenizar o que nos foi causado. Saio do luto do mandante do crime, mas acredito que mais pessoas devam ser denunciadas pelo Ministério Público’.

Veja  o vídeo do momento da leitura da sentença

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