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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Caporegime

Juíza revoga prisão de sete envolvidos em quadrilha de agiotagem

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Juíza revoga prisão de sete envolvidos em quadrilha de agiotagem
A juíza Ana Cristina da Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal, revogou a prisão de sete presos na Operação Caporegime, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que investiga uma quadrilha que atua no ramo da agiotagem em pelo menos cinco municípios da região norte de Mato Grosso.

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Desde a operação, ocorrida no dia 6 de fevereiro, foram presos o agricultor Clodomar Massoti, João Claudinei Favato, Luis Lima de Souza, Edson Joaquim Luis da Silva, Luan Correia da Silva, Purcino Barroso Braga Neto, José Paulino Favato e Caio Cesar Lopes Favato.

No último dia 6 de abril, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) concedeu, por unanimidade, habeas corpus a Clodomar Massoti, um dos membros da quadrilha de agiotagem.

Agora, todos os outros também conseguiram liberdade, após a magistrada analisar os argumentos das defesas de Purcino Barroso Braga Neto e Edson Joaquim Luis da Silva.

“A despeito da subsistência dos pressupostos e fundamentos que ensejaram a segregação cautelar, ao efetuar a conjugação dos fatos apresentados nas representações das prisões dos acusados com os fatos postos na peça acusatória, vislumbro, em juízo de cognição sumária, que a manutenção da prisão preventiva dos acusados, é atualmente, desnecessária, porquanto a garantia da ordem pública pode ser assegurada pelas medidas cautelares previstas no artigo 319 do CP”, diz trecho da decisão.

A operação

Segundo a denúncia, a organização criminosa foi estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas para emprestar dinheiro a juros exorbitantes.  Em um dos fatos apurados pelo Gaeco, a vítima que devia R$ 170 mil a um dos integrantes da organização, após ser ameaçada acabou transferindo uma propriedade avaliada em R$ 1,5 milhão em troca de um imóvel de aproximadamente R$ 200 mil, ficando com um prejuízo estimado em um milhão de reais.

Durante as duas fases da operação, foram apreendidos com o grupo aproximadamente R$ 400 mil em ouro, R$ 21 milhões em cheques e notas promissórias e mais R$ 43 mil em dinheiro. Foram denunciados:  João Claudinei Favato, José Paulino Favato, Kaio Cezar Lopes Favato, Clodomar Massoti, Luis lima de Souza, vulgo “Paraíba”, Edson Joaquim Luiz da Silva, Luan Correia da Silva e Purcino Barroso Braga Neto, vulgo “neto”.

A organização seria liderada por João Claudinei Favato. As pessoas que concediam os empréstimos eram Kaio Cezar Lopes Favato, José Paulino Favato e Clodomar Massoti. Já os responsáveis por exigir, por meio de violência e grave ameaça que as vítimas pagassem o valor exigido pelo líder da organização eram Luis Lima de Souza, Edson Joaquim Luiz da Silva, Luan Correia da Silva e Purcino Barroso Braga Neto.
As investigações apontam que o grupo vinha atuando no interior do Estado há aproximadamente 10 anos. Os mandados de prisão e busca e apreensão expedidos durante a operação foram cumpridos nas comarcas de  Sinop, Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte, Marcelândia e Alta Floresta.
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