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Advogado de Taques questiona falta de provas em audiência com delatores da Rêmora

02 Jul 2019 - 14:10

Da Redação - Wesley Santiago / Da Reportagem Local - Arthur Santos da Silva

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Ex-governador Pedro Taques

Ex-governador Pedro Taques

O advogado Emmanuel Figueiredo, que patrocina a defesa do ex-governador Pedro Taques (PSDB), esteve na Sétima Vara Criminal de Cuiabá, nesta terça-feira (2), onde acontece a audiência de instrução no processo proveniente da Operação Rêmora, para tentar acompanhar o depoimento dos delatores do processo. Do lado de fora, ele questionou a falta de provas contra seu cliente, que apesar de citado, não faz parte da ação penal.

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“Até agora não houve nenhuma prova trazida aos autos que possam comprovar isto. Muito pelo contrário, as provas que foram anunciadas, de que existia um whats do governador mandando facilitar, não existe. Não é que ela não foi juntada. Não comprova nada de facilitação de licitação ou algo do tipo”, disse o advogado.
 
O advogado evitou dizer que os delatores estariam mentindo, mas pontuou que é preciso comprovar o que foi dito. “Quero saber o que vão apresentar para corroborar com o que disseram. Uma coisa é acusar, outra é provar. A delação é meio de prova, é o que estamos acompanhando aqui. Vamos aguardar os procedimentos para tomar as medidas cabíveis”.
 
Em 19 de abril de 2018, foi homologado o acordo de delação premiada, firmado entre o Ministério Público Federal e Alan Ayoud Malouf, com a finalidade de obter elementos de prova contra os investigados na Operação Rêmora, conduzida pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso.
 
No requerimento de homologação do acordo, o Ministério Público Federal esclareceu que o delator revelou dados de um esquema de arrecadação de verbas, captadas mediante a doação de empresários, e a formação de chamado caixa dois, destinadas à campanha eleitoral de Pedro Taques ao Governo do Estado de Mato Grosso, em 2014.
 
Segundo asseverou, o retorno aos doadores consistiria na celebração de contratos, regulares ou não, com o Estado de Mato Grosso. O MPF também destacou a existência de vinte cadernos anexados ao acordo de colaboração premiada, nos quais está descrita a interlocução do delator com o governador e outras autoridades que detêm a prerrogativa de serem processadas no Superior e no Supremo, entre elas o então deputado federal Nilson Leitão.
 
Malouf ainda apontou um esquema de desvio de recursos públicos, por meio de fraudes a licitação, no âmbito da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer de Mato Grosso, durante a gestão do então secretário Permínio Pinto Filho.
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