O doleiro Lucio Funaro disse na quarta-feira (28) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES na Câmara dos Deputados que o empresário Joesley Batista, proprietário da JBS, "aliviou" em sua delação premiada firmada no âmbito da Operação Lava Jato. O objetivo foi poupar seu primo, Fernando Mendonça, importante figura em Mato Grosso.

Leia também 
MPE se manifesta contra concessão de benefícios da colaboração premiada a militares
 
“Ele poupou um primo dele, que se chama Fernando Mendonça, que é de Mato Grosso, que era o operador dele em Mato Grosso, no caso de ICMS. Então, ele foi omitindo, omitindo, e depois, agora, depois que ele teve esse problema perante a PGR e os órgãos de fiscalização, não sei se ele resolveu contar a verdade, se ele continua tentando manipular”, disse Funaro. 
 
Na Operação Ararath, Fernando Mendonça é descrito como um dos operadores de sistema de créditos clandestinos em Mato Grosso empregando empresas distintas para movimentações financeiras.
 
Lúcio Funaro é um economista e doleiro brasileiro que ganhou notoriedade ao ser preso no escândalo da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Foi apontado como operador do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
 
A delação premiada de Funaro, tratado como operador de propina para políticos do MDB, atingiu o ex-presidente Michel Temer, também outros políticos, como o próprio Cunha e até o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio, Jorge Picciani