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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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MPE aponta que servidor do TCE foi aliciado por empresa para auxiliar em representação sobre transporte intermunicipal

Foto: Reprodução

MPE aponta que servidor do TCE foi aliciado por empresa para auxiliar em representação sobre transporte intermunicipal
Investigações promovidas pelo Ministério Público (MPE) revelaram que pessoa identificada como Raphael Vargas Licciardi foi aliciado por representantes da empresa Verde Transportes. Aliciamento ocorreu para que o servidor pudesse auxiliar em demandas que tramitavam junto ao Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT). Informação consta em ação proveniente da Operação Rota Final, processo proposto na sexta-feira (21).

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Licciardi, segundo os autos, ocupou cargo comissionado no gabinete do conselheiro José Carlos Novelli. O auxílio teria ocorrido em Representação de Natureza Externa protocolada por Pedro Satélite e Dilmar dal Bosco.
 
Licciardi ingressou no órgão de controle externo em 2013 por meio da FAESPE (Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual), para exercer a função de auxílio à pesquisa. Na prática, também assessorava aos conselheiros, sendo que entre 2015 e 2017 trabalhou no gabinete de José Carlos Novelli, relator da representação externa que tramitou de novembro de 2016 até abril de 2017.
 
“Com efeito, restou identificado que o ex-servidor do TCE/MT, tratado pelo apelido de “Rafael Jacarezinho”, tinha vínculo pessoal com Max Willian, responsável pela intermediação das ações e pagamento articulado com os demais representantes da Verde Transportes”, afirma o MPE.
 
As contribuições de Licciardi para com os interesses do grupo empresarial foram reveladas nas diversas conversas mantidas via whatsApp. Quando da propositura, por exemplo, o servidor reforçou que o processo tinha acabado de ingressar no gabinete e que se tratava de “informação privilegiada”, pois somente ele tinha conhecimento disso, se propondo, inclusive, a levá-lo “pra vcs verem”.
 
Conforme o MPE, além de colaborar no monitoramento do processo e com informações sobre o perfil do colega que o analisaria, Raphael Licciardi ainda ajudou na elaboração do pedido de reiteração da medida cautelar que foi protocolado em  dezembro de 2016 através de Dilmar dal Bosco e Pedro Satélite.
 
O órgão ministerial aponta que Raphael Vargas Licciardi recebeu R$ 5 mil pelos serviços prestados.
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