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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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aguarda decisão

Mulher que mandou matar esposo cita filhas e razões humanitárias em pedido de liberdade

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Mulher que mandou matar esposo cita filhas e razões humanitárias em pedido de liberdade
A empresária Ana Claudia de Souza Oliveira Flor apresentou pedido para revogação de sua prisão preventiva. Ela é acusada de mandar matar o marido, Toni Flor. Durante interrogatório Ana Claudia construiu narrativa confusa de que teria conversado com o executor do crime, mas disse que não sacramentou o negócio, se surpreendendo quando do assassinado.

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Conforme o pedido de liberdade, a acusada foi presa em agosto de 2021. Ainda conforme Ana Claudia, audiências de Instrução e Julgamento que ocorreram entre os dias 21 e 24 de fevereiro, onde todas as testemunhas arroladas e os réus foram ouvidas, ocasião em que Ana Cláudia confessou a sua participação no fato.
 
Encerrada a instrução, a defesa argumenta que Ana Claudia cumpre todos os requisitos para obtenção de liberdade provisória, “eis que possui residência fixa, réu primário e trabalhadora. Comprometendo-se a comparecer em todos os atos processuais solicitados”.
 
“Desse modo Excelência, como uma das medidas cautelares possíveis pode ser determinado, temos como exemplo, o comparecimento periódico em juízo da Requerente, visto ter endereço próprio, e não se furtará a comparecer ao chamamento da Justiça”, diz trecho do pedido de liberdade.
 
Ainda no pedido de liberdade, a defesa explica que existem “menores impúberes necessitando da presença da mãe, sendo que o amor de mãe é essencial no desenvolvimento das crianças, e manter a requerente segregada, seria um equívoco no momento”.
 
Ao pedir a revogação da prisão preventiva, há citação à possibilidade de decisão por razões humanitárias, “visto que as filhas estão necessitando da presença da mãe, sendo que uma delas está com problema de saúde psicológico”.

O caso 

Denúncia foi oferecida contra Ana Claudia, Igor Espinosa, Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva.  A denúncia inclui ainda Sandro Lúcio dos Anjos da Cruz Silva, que responde por falso testemunho, após ter feito afirmação falsa no âmbito do inquérito policial.

De acordo com a investigação, Toni da Silva Flor e Ana Claudia de Souza Oliveira Flor estavam casados há 15 anos, tendo inclusive três filhas. O casamento, no entanto, vinha se deteriorando, notadamente por conta de relacionamentos extraconjugais da acusada. Alguns dias antes de ser morto, Toni teria anunciado a intenção de se separar.

Durante a investigação, foi constatado que o crime foi encomendado mediante oferta de pagamento no valor R$ 60 mil, mas a esposa teria repassado somente R$ 20 mil. Verificou-se também que o executor gastou todo o dinheiro em festas no Rio de Janeiro. Consta nos autos, que os detalhes do crime foram discutidos em reunião virtual via WhatsApp.
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