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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Acusada de mandar matar esposo pede que Justiça exclua qualificadores antes de Júri Popular

Foto: Reprodução

Acusada de mandar matar esposo pede que Justiça exclua qualificadores antes de Júri Popular
Ana Claudia de Souza Oliveira Flor, que confessou planejar e pagar pelar morte do marido, o empresário Toni Flor, pediu que a Justiça exclua qualificadoras da denúncia. A acusada aguarda sentença de pronúncia para ser encaminhada à Júri Popular. Manifestação, desta quarta-feira (9), pede ainda que Ana Cláudia aguarde o julgamento em liberdade.
 
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No processo, o Ministério Público afirma que o crime foi praticado por motivo torpe e sem a possibilidade de defesa da vítima. Sobre o motivo torpe, Ana Claudia teria agido com a finalidade de se apropriar da totalidade dos bens da vítima, que estava prestes a romper o contrato conjugal.
 
Ainda segundo advogado de Ana Clauda, sobre a impossibilidade de defesa, não se pode falar que a ação da acusada teria ocorrido à traição, emboscada, dissimulação ou surpresa. “Não foi à traição, porquanto para que tal requisito fique caracterizado, tem que ser pela quebra de desconfiança que a vítima teria pelo agente, e não existindo esse atributo entre ambos, tal modo de agir caracteriza a deslealdade ou perfídia, o que, nem em tese, pode-se dizer que permeou os acontecimentos”.
 
Conforme defesa, também não houve emboscada, “haja vista que esse modo de atuar caracteriza-se pela espera por parte do agente da passagem da vítima descuidada”. Também não se vislumbra que a ação tenha se revestido de dissimulação, “porquanto tal modo caracteriza-se pelo emprego de disfarce ou meios que desvirtuem a atenção da vítima”. Por fim, também há o argumento de que a ação não se revestiu de surpresa. “Prova clara é que nem sequer essa possibilidade de agir de inopino ou surpresa foi colocada na denúncia feita pelo Ministério Público”.
 
Defesa pede que as qualificadoras encartadas na denúncia sejam excluídas, visto se mostrarem manifestamente improcedentes e descabidas. Ana Claudia requer ainda que possa aguardar em liberdade o seu julgamento, visto que, não representa risco a ordem pública, como também não há qualquer indicativo concreto de que esteve representando risco a instrução processual, bem como não irá se furtar a futura aplicação da lei penal, substituindo a prisão preventiva por uma das Medidas Cautelares.
 
Consta na denúncia, que no dia 1º de agosto de 2020, por volta das 7h, em frente a uma academia, a vítima foi atingida por disparos de arma de fogo efetuados por Igor Espinosa, a mando de Ana Claudia de Souza Oliveira Flor. Para a concretização do crime, a esposa teria sido auxiliada por Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva.
 
De acordo com a investigação, Toni da Silva Flor e Ana Claudia de Souza Oliveira Flor estavam casados há 15 anos, tendo inclusive três filhas. O casamento, no entanto, vinha se deteriorando, notadamente por conta de relacionamentos extraconjugais da acusada. Alguns dias antes de ser morto, Toni teria anunciado a intenção de se separar.

Durante a investigação, foi constatado que o crime foi encomendado mediante oferta de pagamento no valor R$ 60 mil, mas a esposa teria repassado somente R$ 20 mil. Verificou-se também que o executor gastou todo o dinheiro em festas no Rio de Janeiro. Consta nos autos, que os detalhes do crime foram discutidos em reunião virtual via WhatsApp.

Em audiência, Ana Claudia confessou ter planejado a morte do marido.
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