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Domingo, 28 de abril de 2024

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JUNTOU PROVAS

Empresários denunciam responsáveis por autoria e compartilhamento de listas que incentivam boicote

Foto: Reprodução

Empresários de Tangará da Serra após protocolo de denúncia contra divulgadores de listas de boicote

Empresários de Tangará da Serra após protocolo de denúncia contra divulgadores de listas de boicote

O empresário Ander Santos, do município de Tangará da Serra, protocolou denúncia no Ministério Público nesta quinta-feira (03) após ser incluído em uma lista com nomes de comerciantes que supostamente são eleitores de Lula (PT) no município. As listas se tornaram comuns em todo o País durante a campanha eleitoral e incentivam boicote aos estabelecimentos.

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Em suas redes sociais, o tangaraense afirma que juntou provas impressas, além de vídeos e áudios, e disse que não irá se intimidar.

“Aqui está a denúncia, agora aguardamos o manifesto do Poder Judiciário, através do Ministério Público, se vai aceitar ou não a nossa manifestação. Entregamos provas impressas, vídeos, áudios, então é com provas contundentes e comprometedoras. Nada vai suprimir a nossa liberdade de expressão. Quem defende a família não quer prejudicar o próximo, e é isso aí. Não tenho nenhum medo de dizer que votei em Lula, voto em Lula por causa destas situações. Eu tenho família, se você quer defender a sua, respeite a minha”, disse o empresário.

Conforme divulgado pelo Olhar Direto, diversas listas indicando e pedindo boicote contra donos de estabelecimentos que não votaram em Jair Bolsonaro (PL) circulam desde a campanha em municípios de Mato Grosso.

Nesta quinta-feira, a proprietária do restaurante Le Farine, em Cuiabá, publicou nota de repúdio e disse estar “em pânico e temendo pela própria vida” após tomar conhecimento de que o estabelecimento seria alvo de retaliação, após a realização de um evento particular, no último domingo (30), em que estavam lideranças politicas ligadas à campanha de Lula no Estado.
 

De acordo com especialistas, a divulgação deste tipo de lista configura crime e vai contra a democracia. Casos podem configurar crime contra a honra, ameaça e também de relações de consumo.

O crime contra as relações de consumo pode causar detenção entre 2 a 5 anos de prisão ou multa. Em ameaças, a pena vai de 1 a 6 meses de detenção ou multa. Já o crime contra a honra, a detenção vai de seis meses a dois anos e multa.
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