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Sábado, 18 de maio de 2024

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OPERAÇÃO ÁPATE

MPE recomenda e prefeitura rompe com empresa que fraudou concursos públicos em MT

Foto: Reprodução

MPE recomenda e prefeitura rompe com empresa que fraudou concursos públicos em MT
A Prefeitura de Sorriso (397 km de Cuiabá) atendeu recomendação do Ministério Público Estadual (MPE) e rescindiu com a empresa Método Soluções, contratada para realização de concurso público no município, para provimento de cargos na gestão municipal. A empresa, alvo da operação Ápate, acumula diversas denúncias perante a Ouvidoria do Município de Sorriso sobre eventuais fraudes em certames realizados em outras Comarcas do Estado de Mato Grosso.


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Notificação recomendatória foi assinada nesta segunda-feira (10) pela promotora de Justiça Élide Manzini de Campos, levando em consideração, dentre outros pontos, que a Método foi alvo da operação Àpate, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso em junho, cujo objetivo foi apurar suposta fraude no concurso público realizado em Mirassol D’oeste e outras Comarcas, tendo sua atividade econômica suspensa, o que coloca a reputação do instituto em xeque.

Considerou, ainda, que a empresa teve suas contas bancárias bloqueadas por ordem judicial de sequestro de bens móveis, no limite de R$ 1.690.744,56 pela 3ª Vara de Mirassol D’Oeste porque fora constatado as irregularidades criminosas promovidas pela Método em diversos concursos espalhados em várias cidades do Estado, como Porto Esperidião, Mirassol D’Oeste, Sinop, Peixoto de Azevedo, Barra do Bugres, Sorriso, Chapada dos Guimarães, Diamantino, Novo São Joaquim, Arenápolis e Ribeirão Cascalheira.

Um dia após a deflagração da Operação, o prefeito de Sorriso (397 km de Cuiabá), Ari Lafin (PSDB) resolveu suspender o concurso público 001/2023, cujas provas foram feitas em maio, levando em consideração os fatos descortinados pela ação policial.

Em nota divulgada à imprensa no dia 30 de junho o prefeito explicou que, mesmo não sendo citada na investigação, a “administração sempre atuou para evitar eventuais inconsistências por parte da empresa contratada”, e que, por isso, decidiu pela suspensão do concurso.

“A Administração Municipal não se furtará do seu papel constitucional, qual seja, assegurar a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência da gestão pública”, diz em trecho de nota.

Lafin explicou que se reuniu com os integrantes da comissão nomeada para acompanhar e fiscalizar o andamento do certame.

Ao todo, 8.377 pessoas se inscreveram para o concurso, que tinha como objetivo selecionar 72 novos servidores públicos. Os cargos eram para os níveis médio, técnico e superior.
 A operação

A Operação Ápate cumpriu 80 ordens de mandados judiciais e quatro de prisões preventivas contra alvos investigados por fraude no concurso público da Prefeitura de Mirassol d'Oeste. Entre os presos estão o operador do esquema, o proprietário da empresa realizadora do concurso, a Método Soluções Educacionais, a chefe de gabinete e o vice-prefeito de Porto Esperidião, Antônio Carlos (UNIÃO).

A investigação teve início durante a apuração de um crime de homicídio qualificado ocorrido em São José dos Quatro Marcos. A partir do compartilhamento das informações entre as delegacias foi aprofundada a investigação sobre o esquema arquitetado por um grupo para fraudar o ingresso no concurso, que ofertou vagas para cargos nas áreas de saúde, direito, educação, administração e serviços gerais, entre outras.

Mandados de buscas foram cumpridos nas cidades de Glória d’Oeste, São José dos Quatro Marcos, Indiavaí, Araputanga, Rio Branco, Porto Esperidião, Lambari d’Oeste, Cuiabá e Mirassol d’Oeste.

 
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