A delegada Anaíde de Barros, responsável pelo inquérito que apura o desaparecimento da estudante Maiana Mariano Vilela, 16 anos, disse hoje (28), durante entrevista ao Olhar Direto, que os trabalhos de investigação estão sendo prejudicados pelo grande número de informações falsas repassadas à Polícia Civil sobre o eventual paradeiro da adolescente.

Ela informou que a  Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) tem recebido diariamente trotes e informações não confiáveis envolvendo o sumiço da estudante. Maiana está desaparecida desde o dia 22 de dezembro quando saiu da casa do namorado, o empresário Rogério Silva Amorim, 38 anos, para ir a uma agência bancária descontar um cheque de R$ 500 reais.

“São muitos os trotes que prejudicam as investigações, pois perdemos muito tempo até confirmarmos [ou não] o que nos foi repassado”, explicou a delegada, ao pontuar que a possibilidade de Maiana estar em uma casa no interior de São Paulo é um dado não confiável e que será, muito possivelmente, descartado pela polícia.

Sobre o andamento das investigações, Anaíde explicou que ainda não foi descartada nenhuma hipótese sobre o caso e que novas testemunhas devem prestar depoimento nesta quarta-feira (28). Até agora, mais de dez pessoas já foram ouvidas pela Polícia Civil.

No final da tarde de ontem, a mãe da estudante, Sueli Mariano, 47 anos, afirmou, em depoimento à policia, que a filha nunca havia desaparecido antes, que apenas ia a algumas festas e voltava dias depois. Mas ela disse que ainda acredita que a ex-mulher de Rogério esteja envolvida no sumiço da garota.