O candidato ao governo de Mato Grosso pela coligação “Amor a Nossa Gente”, o médico e ex-vereador Lúdio Cabral (PT), aproveitou que o rival Pedro Taques (PDT) teve seu comitê como alvo de uma busca e apreensão da Justiça Eleitoral, que buscava encontrar material de divulgação feito com base em uma pesquisa supostamente fraudada para beneficiar o pedetista, para criticá-lo pelo uso de um discurso legalista.
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“Estranho que isso parta de alguém que usa como bandeira política a defesa da legalidade. A legalidade não pode ser só discurso, tem que ser prática. Na ânsia de divulgar um resultado positivo, ele cometeu uma ilegalidade”, alfinetou Lúdio. “Não na minha opinião, mas sim na opinião da Justiça Eleitoral, ele cometeu uma irregularidade”, reforçou.
Também chamou a atenção do candidato do PT o fato de, no mesmo dia da divulgação da pesquisa, já ter sido impresso um material de divulgação do senador Pedro Taques baseado no levantamento supostamente fraudado. “É uma coincidência que tenham sido impressos no mesmo dia. Demonstra ao menos que o candidato do PDT teve pressa em cometer essa irregularidade”, ponderou.
A pesquisa eleitoral supostamente fraudada teria sido contratada pelo jornal Diário de Cuiabá junto ao instituto Vox Populi, e foi divulgada no sábado (19). A juíza Ana Cristina Silva Mendes determinou uma investigação sobre o levantamento, a suspensão da divulgação dos números em veículos de comunicação e a busca e apreensão do material publicitário do candidato Pedro Taques com alusão a pesquisa.
De acordo com os advogados da coligação “Viva Mato Grosso”, liderada pelo deputado José Riva (PSD), e da coligação “Amor a Nossa Gente”, encabeçada por Lúdio, o instituto Vox Populi não respeitou os critérios de proporcionalidade estabelecidos por lei: Embora tenha 18% do eleitorado, Cuiabá teve 40% dos 1.000 entrevistados na pesquisas. Já a região Noroteste, conhecida com Vale do Arinos, teve apenas 1,3% dos entrevistados, mesmo contando com 7,5% dos eleitores.
