O ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Silvio Cezar Correa Araújo, teria desviado R$ 525 mil em um esquema de corrupção, estimado em R$ 8 milhões, na Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas), sob comando de Roseli Barbosa. Segundo o Ministério Público de Mato Grosso, R$ 150 mil foram angariados em benefício próprio e R$ 375 mil pagaram empréstimos de campanha. As informações constam no aditamento à denúncia entregue a Sétima Vara Criminal.

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“Sílvio concorreu para o desvio de R$ 525.466,75, do quais 375.466,75 foi desvio destinado ao pagamento de empréstimos de campanha e R$ 150.000,00 em benefício próprio”, disse o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).

“Claro que o denunciado Sílvio tinha consciência que fariam toda uma tramóia para ocultar a origem ilícita do dinheiro, escamoteando o desvio de verba pública. Sabia que, como de fato ocorreu, os valores iriam ser transferidos pela SETAS primeiramente aos Institutos sem fins lucrativos de fachada de Paulo Cesar Lemes”, afirma o Ministério Público.

Todo o esquema teria acontecido entre 2012 e 2013, durante a gestão da ex-primeira dama Roseli Barbosa. A Setas teria contratado a empresa Microlins e os Institutos de Desenvolvimento Humano (IDH/MT) para executar programas sociais referentes ao “Qualifica Mato Grosso”, “Copa em Ação”, entre outros através do uso de “laranjas”. Na ação a qualidade desses cursos também é questionada.

O MPE narra um plano de desvio de verbas públicas, que seria encabeçado pelo denunciado Paulo César Lemes, o qual teria forjado a criação de institutos sem fins lucrativos “de fachada”, visando burlar a legislação e contratar diretamente com a Administração Pública, sem necessidade de concorrer em licitação.

Outro lado

Ao Olhar Jurídico, Silvio Cesar, por meio de seu advogado Victor Borges, nega veementemente todas as acusações e provará sua inocência no decorrer do processo.