O Ministério Público Estadual de Mato Grosso (MPE-MT) abriu seis inquéritos contra o ex-deputado federal Pedro Henry, o prefeito de Sinop (a 482 km de Cuiabá), o coronel Pery Taboreli e outras três pessoas por supostas doações ilegais delatadas pelo ex-deputado estadual José Riva.

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Além de Henry, Dorner e Taboreli, também foram abertos inquéritos contra o ex-presidente da Câmara de Cuiabá, Deucimar Silva, o ex-vereador Levi Peris de Andrade e Gustavo Almeida. O sexteto se junta ao ex-deputado federal Elieni Lima, que também está sendo investigado, conforme noticiado pelo Olhar Jurídico na última sexta-feira (12).

Conforme os autos, aportou na sede do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) um pen drive com trecho da delação de Riva. Fatos dizem respeito ao anexo 5.  

Há informações sobre possível negociação com Silval Barbosa a título de contribuição para suporte político e auxílio à campanha eleitoral de 2010, com repasse de valores provenientes de recursos públicos, distribuídos entre os candidatos a deputados do Partido Progressista (PP).

Ciente das informações, o promotor de Justiça Célio Fúrio determinou abertura de inquérito para “apurar eventuais atos de improbidade administrativa, enriquecimento ilícito ou de danos ao erário em face da conduta de Eliene José de Lima”.

O acordo de Riva gira em torno de  R$ 92 milhões. O desembargador Marcos Machado, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT), foi quem homologou a delação e determinou cumprimento de pena em regime domiciliar diferenciado.

Na colaboração premiada com o Ministério Público, Riva narra crimes cometidos entre 1995 e 2015, quando deputados estaduais recebiam valores mensais de propina para votar conforme os interesses do chefe do Poder Executivo.