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ARROLADO PELO MPE

Delator da Ararath é ouvido como testemunha em nova ação e reafirma que Riva ainda lhe deve R$ 5 milhões

26 Jan 2016 - 15:43

Da Redação - Arthur Santos da Silva/ Jardel P. Arruda

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Juíza Selma Rosane em audiência com Junior Mendonça

Juíza Selma Rosane em audiência com Junior Mendonça

O principal delator premiado da Operação Ararath, Júnior Mendonça, reafirmou, agora em depoimento como testemunha à juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal, que o ex-deputado estadual José Riva ainda lhe deve cerca de R$ 5 milhões em conseqüência de empréstimos feitos para pagar grupos políticos e o “sistema”.

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O depoimento, realizado nesta terça-feira (26), é válido por um desmembramento da Operação Imperador, que apura um desvio de dinheiro público valorado em R$ 60 milhões na Assembleia Legislativa durante a presidência de Riva.

De acordo com Júnior Mendonça, como é conhecido o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, arrolado como testemunha pelo Ministério Público Estadual, foram feitas várias negociações com Riva. Conforme depoimento, na primeira transação, o ex-deputado deu a própria casa como garantia no empréstimo.

Inicialmente, o já falecido Edemar Adans, ex-secretário-geral da Assembleia Legislativa, seria o responsável por pagar as parcelas do financiamento ilegal. Após a morte teriam se iniciados os problemas com pagamentos. O próprio Júnior, segundo depoimento, compareceu a Presidência da “Casa de Leis” para receber parcelas dos empréstimos.

A oitiva, como testemunha, do empresário delator, apura semelhanças entre esquemas da 'Ararath' e 'Imperador'. Os autos desmembrados, provenientes da Operação Imperador, possuem como réu Djalma Ermenegildo. A falas prestadas a Justiça, porém, poderão sofrer compartilhamento, chegando ao processo de Riva.

Djalma Ermenegildo, ex-secretário de Administração, Patrimônio e Informática da AL, foi preso preventivamente, no dia 21 de julho de 2015, a pedido do Ministério Público, por suposta responsabilidade sobre extravio de documentos interessantes à prova. Dois meses depois, no fim de setembro, ele recebeu liberdade.

De acordo com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), órgão investigativo responsável pela denúncia da "Imperador", Riva liderava um esquema de desvio de dinheiro público. A estimativa é que os cofres tenham sido lesados em mais de R$ 60 milhões com falsas aquisições envolvendo cinco empresas papelarias de “fachada”.

Os nomes juntados no processo inicial foram: José Geraldo Riva, Janete Riva, Djalma Ermenegildo, Edson José Menezes, Manoel Theodoro dos Santos, Djan da Luz Clivatti, Elias Abrão Nassarden Junior, Jean Carlo Leite Nassarden, Leonardo Maia Pinheiro, Elias Abrão Nassarden, Tarcila Maria da Silva Guedes, Clarice Pereira Leite Nassarden, Celi Izabel de Jesus, Luzimar Ribeiro Borges, Jeanny Laura Leite Nassarden.

As cinco empresas supostamente envolvidas no esquema foram: Livropel Comércio e Representações e Serviços Ltda, Hexa Comércio e Serviços de Informática Ltda, Amplo Comércio de Serviços e Representações Ltda, Real Comércio e Serviços Ltda-ME, Servag Representações e Serviços Ltda.
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