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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Operação Seven

Após dois decretos de prisão, juíza cita que Silval e Nadaf mantêm organização ‘forte e intacta’

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Após dois decretos de prisão, juíza cita que Silval e Nadaf mantêm organização ‘forte e intacta’
“Pelo que se observa das condutas desses representados os mesmos não pretendem parar de praticar crimes, eis que, conforme já demonstrei, continuam na liderança da organização criminosa, atuando de modo a mantê-la forte, atuante e intacta”. O trecho consta da decisão da juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal, responsável pelo segundo decreto de prisão do ex-governador Silval Barbosa e do ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf. Ela destaca ainda que na organização criminosa são ‘contumazes’ e de ‘alta periculosidade’ as ações de Silval, que foi governador pelo PMDB entre 2011 e 2014, e de Nadaf.

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Os dois, na data de hoje, 1, foram presos acusados de montar mais um esquema para poder se apropriar de dinheiro público. Dessa vez, mediante a compra de uma área que já pertencia ao Estado pela quantia de R$ 7 milhões. Essa mesma magistrada também determinou (em setembro de 2015) o encarceramento da dupla, dessa vez, sob suspeitas de orquestrarem um esquema de venda de incentivos fiscais resultantes em prejuízos da ordem de R$ 2,6 milhões.

No decreto, ela ainda relembra que o ‘poderio’ dos investigados serve como ‘blindagem’ e cita que “já restou já demonstrado que se utiliza do cargo que ocupa para obter vantagem ilícita, mediante a criação de ardis dentro da administração pública, visando angariar fundos para a organizações para blindar seus principais componentes”.

Para a magistrada, como já respondem a procedimento criminal ela assegura quanto a necessidade de “decretação da custódia preventiva corno único meio capaz de tutelar a livre produção de provas e impedir que os agentes criminosos destruam ou manipulem provas e ameacem testemunhas, ou seja, de que comprometam a instrução criminal e a busca da verdade real."

Ela ainda relembra para elencar a força do investigado a tentativa de envolver o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP) para tirar sua mulher da cadeia. Roseli Fátima Meira Barbosa foi presa em 20 de agosto, em São Paulo, por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de quase R$ 3 milhões da Secretaria de Assistência Social de Mato Grosso.

“O envolvido em várias situações que levam à conclusão que se utilizou da força política do PMDB, partido ao qual é filiado, para, por meio do gabinete do atual Vice Presidente da República, para influenciar a obtenção de liminar.

Esses fatos são notórios e foram amplamente divulgados pela mídia local e, embora não tenham relação direta com os fatos tratados nestes autos, são fatos atribuídos à mesma organização que ora está em análise e indicam que se trata de a não mede esforços para se manter intacta e imune à persecução penal.

Silval Barbosa e Pedro Nadaf estão presos no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).
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