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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Taques considera 'absurdo' demora para julgar Arcanjo

Foto: Assessoria

Taques considera 'absurdo' demora para julgar Arcanjo
O senador Pedro Taques (PDT) considera um 'absurdo' a demora da justiça de Mato Grosso para julgar os homicídios nos quais João Arcanjo Ribeiro é acusado. Os processos foram desdobramento da Operação Arca de Noé, realizada pela Polícia Federal, com apoio da Polícia Civil e Militar, Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal. Taques cobra agilidade nos trâmites processuais.

O parlamentar, quando procurador da República em 2002, foi um dos três membros do Ministério Público Federal responsável pelas denúncias e investigação contra o chefe do crime organizado no Estado. Nesta quarta-feira, 5 de dezembro, a operação que desmantelou a organização completa dez anos. Entre os homicídios imputadado a Arcanjo está do fundador e ex-proprietário da Folha do Estado, Sávio Brandão, e de outros empresários, alguns tidos como emblemáticos para a segurança pública.

Arcanjo segue sem julgamento como mandante de homicídios
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"Os homicídios que foram remetidos para a justiça estadual nunca foram julgados. Existe oito homicídios em que ele foi pronunciado (decretado, teve despacho). Precisamos que a justiça estadual julgue Arcanjo, para dizer se ele é culpado ou inocente", explica Taques.

O senador afirma "confiar na justiça do nosso Estado", mas chama atenção para a demora no julgamento. "É um absurdo que se passaram dez anos e ele não foi julgado".

Antes da avaliação, Taques historiou que antes de cair a organização criminonosa de João Arcanjo com a Operação Arca de Noé da Polícia Federal, o "comendador", como era conhecido, tinha poder de mando político e financeiro.

"Na operação resultou a prisão de vários coronéis, membros da organização. Na época, Arcanjo tinha vários poderes, politico e financeiro. Nem o nome dele podia ser falado na cidade", relembra o temor que causava.

Arcanjo agia com negócios no jogo do bicho, hotéis, factoring, posto de combustíveis, shopping, entre outros segmentos. Entre os hotéis, havia um em Orlando (EUA). De acordo com inquéritos da operação, após ela concluída, foram apreendidos diversos bens, cerca de 30 veículos, indisponibilizados R$ 8,6 milhões em contas correntes em seu nome, R$ 38 milhões em ativos financeiros, cerca de 2.300 imóveis, fazenda de piscicultura na saída de Várzea Grande, de 3.768 hectares, e outra de agricultura de 8.260 hectares e um avião Cessna avaliado em US$ 6 milhões.


Alguns dos crimes de que Arcanjo é acusado como mandante, segundo processos:

* Empresário Sávio Brandão - 30/9/2002
* Vereador de Várzea Grande e candidato a deputado estadual Valdir Pereira (ex-PPB, PP) - setembro 2002
* Radialista Rivelino Jacques Brunini - 4/6/2002
* Empresário Fauser Rachid Jaude - 4/6/2002
* Sargento PM José Jesus de Freitas e seguranças Fernandes Leite das Neves e Nailton de Sousa - 30/4/2002
* Empresário Mauro Manhoso - 30/10/2000
* Três meninos de cerca de 12 anos - bairro São Mateus, VG


Atualizada às 18h24
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