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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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PAIS DO MENOR SABIAM

Adolescente e assessor se conheceram em terreiro de ubanda e mantinham relacionamento há dois anos

Foto: Reprodução

Adolescente e assessor se conheceram em terreiro de ubanda e mantinham relacionamento há dois anos
O adolescente G.S.L., de 16 anos, que confessou em depoimento à Polícia ter matado o assessor parlamentar Sérgio Barbieri, de 73 anos, declarou também em depoimento à polícia que conheceu o homem em um centro de umbanda há cerca de dois anos, quando ele ainda tinha 14 anos de idade. Barbieri foi assassinado a tiros na madrugada do dia 28 de janeiro, em Poconé (104 km de Cuiabá).

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A informação consta na decisão da última sexta-feira (9) da juíza Kátia Rodrigues Oliveira, da Vara Única de Poconé. Na ocasião, ela determinou a revogação da prisão de Weverton César De Brito, 19, e Ezequiel Padilha de Souza Ferreira, 29, acusados por G.S.L. de serem os executores de Sérgio e determinou o arquivamento do Inquérito Policial após “perceber contradições” apresentadas por G.S.L e seu amigo G.C.B.

Durante as investigações, os pais do adolescente confirmaram, em seus depoimentos, que tinham conhecimento do relacionamento do filho com o assessor. Eles também contaram que Barbieri comprou uma moto Honda modelo CG 160 Start, ano 2023/2024, para G. e depois transferiu a motocicleta para o nome do pai do menor.

O pai do rapaz disse que o veículo não foi dado de presente ao seu filho. Ele explicou que assinou notas promissórias e ficou acordado de pagar a Barbieri R$ 1 mil por mês, durante 36 meses, referente a parcelas da motocicleta. O primeiro pagamento deveria ter sido efetuado no dia 31 de janeiro, segundo a mãe do menor à polícia.  

Em sua decisão pelo arquivamento, a juíza disse que é notável que desde o início das investigações os menores conduzem suas versões conforme a conveniência e os desdobramentos dos casos, tendo inventando uma nova versão a cada confronto com fatos inquestionáveis.

Ela diz ainda que as investigações feitas no intuito de confirmar as declarações dos menores em relação a Weverton Cesar restaram infrutíferas, “restando demonstrado até o momento que não houve sua participação" dele. 

“Considerando a falta de elementos para eventual propositura da peça acusatória, até o presente momento. Verifico ainda não ser o caso de aplicação do art. 28 do Código de Processo Penal, pois há fundamento plausível para o requerimento. Ante o exposto, em consonância ao parecer Ministerial, DETERMINO o ARQUIVAMENTO dos autos”, decidiu. 
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