Um grupo de dez senadores foi ao Supremo Tribunal Federal na terça-feira (30) manifestar apoio ao ministro Gilmar Mendes, que nesta semana concedeu liminar em mandado de segurança impetrado pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) suspendendo a tramitação no Senado de projeto de lei que proíbe a transferência de tempo de rádio e TV para os novos partidos criados depois das eleições.

Em entrevista ao Olhar Direto após visita ao ministro, Taques afirmou que o grupo não foi apenas agradecer a decisão de Gilmar Mendes, mas, sim, dizer ao ministro que os senadores se sentiram prejudicados em razão da tramitação do projeto que reduz o tempo de televisão e o fundo partidário a novos partidos.

Alves e Renan discutem com Gilmar Mendes suspensão de tramitação de projeto

“A Constituição estabelece o pluralismo político e por conseqüência a possibilidade da criação de vários partidos políticos. Não adianta você criar partidos se não ofertar a estes o direito de antena, o direito de se manifestar, fazer proselitismo de seu programa e de suas idéias, sem o tempo de TV e sem fundo partidário”, destacou.

Gilmar Mendes concede liminar que suspende projeto sobre criação de novos partidos

O parlamentar se declara favorável a uma reforma política em que se discuta a quantidade de partidos que existem no Brasil. "Mas não feita assim com esta urgência, patrolando os senadores que sejam contrários”, acrescentou.

O senador descarta que as relações entre Congresso e Supremo estejam estremecidas. “Quem tem legitimidade para falar sobre estas relações são os presidentes da Câmara e do Senado. Nós fomos ao ministro dizer que nos sentíamos prejudicados e somos favoráveis em relação à decisão dele", reiterou.

Também participaram da visita os senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Ana Amélia (PP-RS), Rodrigo Rollembrg (PSB-DF), Aloísio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), entre outros.