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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Operação Imperador

MPE aponta Riva como 'ícone da corrupção' e justifica prisão por destruição de documentos na AL

MPE aponta Riva como 'ícone da corrupção' e justifica prisão por destruição de documentos na AL
Para embasar o pedido de prisão do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Geraldo Riva (PSD), o Ministério Público do Estado de Mato Grosso, aponta o ex-parlamentar como um ícone da corrupção. Cita ainda que “sem sombra de dúvidas, o poder ainda exercido pelo denunciado, que não medirá esforços em ocultar/falsear documentos, além de exercer “pressões” indevidas sobre as testemunhas arroladas”.

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Exemplifica que a maior prova da necessidade da prisão cautelar "é o assombroso fato de que o denunciado, mesmo após ser levado às barras da Justiça em inúmeras oportunidades, continuou a perpetrar ilícitos penais gravíssimos, anos a fio, de forma irrefreável".

No pedido, os promotores Samuel Frungilo, Marco Aurélio de Castro e Arnaldo Justino justificam que “basta um breve folhear no procedimento investigatório e seus apensos, para verificar a enorme dificuldade que tivemos em fazer cumprir as ordens judiciais direcionadas à ALMT para entrega de documentos a este Gaeco e à Justiça, somado ao fato de ter sido informado nos autos acerca da destruição de inúmeros documentos sob o pretexto de se estar cumprindo uma norma interna daquela Casa de Leis. Aliás, a própria e nova Mesa Diretora da ALMT tem tido enormes dificuldades em ter acesso aos documentos do Parlamento Estadual, conforme divulgado pela imprensa local”.

Riva foi preso no sábado à tarde, 21, em sua residência no bairro Santa Rosa, em Cuiabá, acusado de comandar um esquema que lesou os cofres públicos no montante de R$ 62 milhões. A ação foi batizada com 'Imperador' e, conforme a denúncia do MPE, José Geraldo Riva responderá pelos crimes de formação de quadrilha e 26 peculatos, em concurso material. As falsas aquisições envolvendo cinco empresas papelarias de “fachada”.

Em apenas um ano, segundo o MP, essas empresas venderam mais de 30 mil toners à Assembleia Legislativa, apesar de a casa de Leis contar à época com apenas 150 impressoras. José Geraldo Riva está preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Além dele, sua esposa, Janete Riva - que atuava como secretária de Administração e Patrimônio da Casa de Leis - foi denunciada juntamente com outras 13 pessoas, entre servidores e empresários. A fraude se deu no período de 2005 a 2009.
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